Instituições financeiras reduziram, pela 11ª vez seguida, a estimativa para a inflação este ano. Segundo pesquisa do Banco Central (BC) feita ao mercado financeiro, divulgada todas as segundas pela internet, a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, desta vez passou de 3,28% para 3,26% em 2019.
Assim, para 2020, a estimativa caiu de 3,73% para 3,66%, na quarta redução seguida. De acordo com a Agência Brasil, a previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50%, em 2022.
Além disso, as projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Isso porque, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019. E 4% em 2020, 3,75% em 2021. E 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
SELIC
O principal instrumento usado pelo BC, entretanto, para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato. Assim incentiva à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Assim, quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Com expectativa de inflação em queda, o mercado financeiro reduziu a previsão para a Selic ao final de 2019. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 4,50% ao ano. A previsão da semana passada era 4,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5,50% ao ano.
Mesmo assim, o mercado financeiro não alterou a expectativa para o fim de 2020: 4,75% ao ano.
Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,50% ao ano, a mesma previsão há duas semanas. Para o fim de 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.
CRESCIMENTO DA ECONOMIA
A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,87% para 0,88% em 2019. Assim, as estimativas para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022.
DÓLAR
A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4. E, para 2020, passou de R$ 3,95 para R$ 4.