22/08/2023
Agronegócio Paraná

Estimativas para safra de grãos é superior 22 mi de toneladas

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Da Redação

A safra de verão do Paraná deve passar de 22 milhões de toneladas em grãos, conforme previsão divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral).

A previsão indica redução de 140 mil toneladas em relação à projeção anterior, de dezembro de 2015. As perdas, segundo o governo, ficam concentradas na soja e no feijão – culturas afetadas pelas chuvas que caíram no estado.

O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, ressalta, no entanto, que, apesar das chuvas muito acima do esperado, o Paraná terá oportunidade de colher uma safra "muito boa". Se confirmado, o volume será praticamente igual ao obtido no verão de 2015.

Mas, de acordo com o secretário, nesse momento em que deverão ser intensificados os trabalhos de colheita, é necessário que o tempo estabilize. “Pois caso contrário poderá haver mudanças na produção que ainda está no campo, tanto de qualidade, como de produtividade e no processo de escoamento”, disse.

De acordo com o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, ainda é cedo para contabilizar os prejuízos financeiros por conta da chuva. As perdas ocorridas até agora causaram menos danos às lavouras do que as perdas ocorridas em 2013/2014, quando houve excesso de calor (falta de chuva). “Os levantamentos de fevereiro serão mais efetivos e deverão mostrar com mais clareza as consequências do clima muito chuvoso na primavera e no verão”, afirma Simioni.

Comercialização

Em relação ao mercado, cerca de 34% da produção de soja já está vendida, de acordo com o Deral. Em 2015, na mesma época, esse percentual estava estimado em torno de 12%.

O governo afirma que os preços estão em elevação diante da expectativa ainda incerta da safra do sul do Brasil, em especial no Paraná, que é o segundo maior produtor nacional, atrás somente do Mato Grosso.

O preço médio da saca de soja de 60kg no Paraná neste mês de janeiro foi de R$ 70,82/60kg- (preço médio nominal recebido pelos produtores). Este valor é 112% maior que o custo variável de produção que hoje é estimado em R$ 33,39 por saca. Em janeiro de 2015, o produtor recebeu pela mesma saca R$ 55,75, ou seja, uma valorização nominal de 27%.

Cristina Esteche

Jornalista

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