22/08/2023

Estudantes movidos à álcool

Por Mauro Biazi: O que se vê nos dias atuais são universidades, faculdades e centros universitários como ilhas rodeadas de bares por todos os lados. Dá pena ver tanto jovem bebendo mais que estudando. Professores denunciam alunos bêbados em sala de aula, e outros que sequer frequentam o curso no qual está matriculado. Qualquer motivo é motivo pra beber: bebe-se porque não teve prova, bebe-se porque foi mal na prova, bebe-se porque foi bem, bebe-se porque reprovou e bebe-se porque foi aprovado, enfim, bebe-se por nada. Mas o que preocupa é que no futuro seremos nós, contribuintes, que arcaremos com os custos de tratamento desses pré-alcoólatras de hoje. Em Maringá, por força de uma lei, bares não podem funcionar a uma distância regulamentada da UEM. Abordamos o assunto algumas vezes, solicitando da câmara local um projeto de lei nesse sentido, mas como nossa casa de leis é mais inútil que calça pra saci, até hoje nada foi feito.
Enquanto isso, cada vez mais jovens entornam o primeiro copo e, a partir dele, os porres contados como vantagem pra galera. Hoje, segundo pesquisa, 2 em cada 3 brasileiros bebem mais que o tolerável e 1 em cada 3 já são declarados alcoólatras. Cervejarias e destilarias não dão conta da demanda, enquanto isso mais alcoólatras vão surgindo no cenário brasileiro sem que nossos governantes acendam a luz vermelha e declarem que tal ato é um problema gravíssimo de saúde pública o qual onerará ainda mais nosso sucateado sistema de atendimento lá na frente. Sem falar na violência gerada pelo consumo, com motoristas bêbados causando acidentes gravíssimos em que matam e, como quase sempre, não morrem.
Pelo amor de Deus, alguém com autoridade pra resolver esse problemão.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo