Estudantes de Guarapuava irão às ruas nesta quinta (3), em manifestação convocada pela União Guarapuavana dos Estudantes Secundaristas (Uges), contra o que chamam de “ataques sistemáticos à educação pública” no Paraná. A mobilização, que reúne ao menos 14 entidades estudantis, ocorre a partir das 9h em frente ao Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins.
O ato é uma reação à destituição de diretores de escolas que receberam o programa-piloto Parceiro da Escola, projeto do Governo do Estado que terceiriza a gestão administrativa dos colégios. Três das quatro escolas incluídas no programa em Guarapuava tiveram diretores afastados recentemente.
Ao Portal RSN, o presidente da Uges, Léo França, estudante do Carneiro Martins, afirmou que o momento é de preocupação com o ensino público. “O que vemos é um sucateamento generalizado das escolas no Paraná. A Educação vem sofrendo constantes e incessantes ataques tanto na gestão democrática quanto no pedagógico.”
O movimento tem como base um documento de orientação elaborado pela entidade estudantil e respaldado por moções aprovadas pelo Conselho Municipal de Grêmios. Entre elas, está o repúdio à Secretaria de Estado da Educação (Seed) pela destituição considerada antidemocrática das direções e a crítica ao avanço da privatização e à “mercantilização do estudante”.
A reportagem tenta contato com a Seed, mas até o momento não obteve retorno. O último posicionamento da secretaria é que os desligamentos foram voluntários. Já o Núcleo Regional de Educação de Guarapuava diz que toda comunicação oficial sobre o projeto Parceiro da Escola é tratada diretamente com a secretaria.
ATO PACÍFICO
A Uges defende que o ato será pacífico, com início previsto para as 9h e encerramento até 17h30. O documento da entidade, disponível aqui, também estipula normas para garantir a segurança e a ordem durante a mobilização.
Com o mote “Sem eles, sem nós”, os estudantes afirmam que o movimento quer “relembrar e trazer à tona o que está virando a educação paranaense” e alertar sobre “o retrocesso e a desfiguração da escola pública como espaço democrático”.
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