22/08/2023
Cotidiano Paraná

Estudo mostra que Nova Ferroeste vai trazer benefícios para o Paraná

O pacote inclui a construção de uma ferrovia entre Maracaju e Cascavel e um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá

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Estudo mostra que Nova Ferroeste vai trazer benefícios para o Paraná (Foto: Reprodução/AEN)

Um estudo de grupos técnicos do Paraná e do Mato Grosso do Sul mostrou que o projeto da Nova Ferroeste pode reduzir em 27% o custo das exportações. O trecho que vai ligar Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), também chamado de Corredor Oeste de Exportação foi objeto de um estudo preliminar de demanda e traçado, considerado peça-chave na atração de investidores.

Uma cerimônia para apresentar o estudo ocorreu na sede da Governadoria do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. Assim, contou com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do governador Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul.

Além disso, a obra continua sem definição de valor final. Isso porque, está na fase de conclusão preliminar. A expectativa é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, até novembro de 2021, como informa Ratinho Junior.

Uma reunião muito importante. Mais um passo que damos na consolidação de um sonho conjunto do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Um corredor logístico que vai mudar a infraestrutura de toda essa Região, mas com uma grande preocupação com o meio ambiente, com o desenvolvimento sustentável.

O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior. Para Ratinho Junior, o potencial desse eixo é enorme. “Com os investimentos que já estamos fazendo no porto e a criação desta linha férrea vamos atender com ainda mais condições o setor produtivo brasileiro”.

A nova malha ferroviária terá 1.285 quilômetros de extensão total. O pacote inclui a construção de uma ferrovia entre Maracaju e Cascavel. Além disso, um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá, um ramal multimodal ligando Cascavel e Foz do Iguaçu e a revitalização do atual trecho da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava.

Conforme Reinaldo Azambuja, esse é um projeto inovador, que vai permitir ao Mato Grosso do Sul abrir uma saída de exportação. “Então, a sintonia dos estados é muito grande, o que ajuda a garantir o desenvolvimento do projeto. Vai impulsionar ainda mais essa área tão importante para o agronegócio nacional. Menos custos e mais rentabilidade para os produtores”.

IMPACTO

De acordo com os técnicos responsáveis pelo estudo, a construção da ferrovia terá um impacto imenso dentro da logística nacional, diminuindo custos e ampliando a capacidade de exportação. Assim, a área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Dessa maneira, o documento aponta, entre outras vantagens, a estimativa de um aumento de 40% nas exportações de grãos e celulose para o Paraguai.

TRAÇADO

O traçado elaborado pela equipe da GTFerrovias prevê uma economia logística de US$ 13 por tonelada, com impacto direto na redução do chamado Custo Brasil na exportação, da ordem de 27%. No primeiro ano de funcionamento da ferrovia, isso representaria uma diminuição de R$ 2,4 bilhões no pacote logístico.

A expectativa, de acordo com os técnicos, é transportar 54 milhões de toneladas pela Nova Ferroeste. Deve ocorrer, ainda, uma redução significativa no tempo de viagem quando comparado com o traçado atualmente em funcionamento. Por fim, o grupo estima que a rota Cascavel para Paranaguá pela nova malha levará em torno de 18 horas, contra as atuais 100 horas.

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Antunes

Jornalista

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