Tradicionalmente usado na fabricação da cerveja junto com o malte, a água, o levedo e outros cereais, o lúpulo tem funções que vão muito além de dar o sabor amargo na bebida. A planta já vem sendo utilizada como composto medicinal no tratamento de insônia, nervosismo, dor de cabeça e falta de apetite, mas os benefícios não param por aí. Pesquisas já comprovaram outras vantagens no consumo do lúpulo, entre elas ações anti-inflamatórias e efeitos antiobesidade.
Uma pesquisa recém-publicada na revista Chemistry & Biodiversity, referência internacional em estudos químicos e biológicos, mostrou que pesquisadores isolaram 21 diferentes compostos da planta fêmea do lúpulo, sendo que um deles nunca havia sido identificado antes. Treze destes compostos foram testados em ratos com relação à sua atividade anti-inflamatória e onze deles apresentaram a ação equivalente a do medicamento.
Com status de mal do século, a obesidade também foi contemplada pelos estudos sobre os benefícios do lúpulo. Pesquisa feita em ratos alimentados por 20 semanas com uma dieta rica em gorduras mostrou que o lúpulo inibiu tanto o aumento tanto do peso corporal, quanto do peso do tecido adiposo, assim como a ampliação do tamanho das células gordurosas e do acúmulo de gordura no fígado. O extrato de lúpulo foi capaz, ainda, de melhorar a intolerância à glicose, contribuindo para evitar o desenvolvimento de diabetes.
Em mais um trabalho publicado este ano, foram comprovados benefícios do lúpulo quanto a sua ação neuroprotetora. A função de proteção cerebral encontrada foi atribuída à capacidade do xanthohumol (principal flavonoide presente na planta) de melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, inibir respostas inflamatórias, morte celular programada e a formação de coágulos.
Estes e outros estudos que tratam sobre os benefícios que a cerveja traz ao ser consumida moderadamente, podem jogar uma nova luz a respeito dos efeitos do consumo de uma cervejinha. Uma boa notícia para os apreciadores da bebida.