Da Redação, com assessoria
Um evento marcado para o próximo dia 29 de novembro, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, vai destacar a necessidade de um ambiente seguro no trabalho: o encontro Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho, promovido por duas empresas empresas, vai apresentar palestras de profissionais da área. Voltada tanto a empresários quanto a produtores rurais, a programação, das 9h às 17h, será oportunidade para conhecer melhor um assunto que vem ganhando cada vez maior importância.
Um dos organizadores, a técnica em segurança no trabalho Rosana Obal, antecipou que o evento buscará abordar tópicos que geram dúvidas, como documentação e tipos de equipamentos de proteção. Outros assuntos que deverão ser de interesse são duas normas de segurança importantes para vários tipos de atividade, incluindo a agricultura: as NR 33 e NR 35, que tratam das condições obrigatórias para se realizar trabalho nos chamados espaços confinados e em altura.
Representantes de uma empresa de respiradores (máscaras de segurança contra poeira e outros riscos), ainda segundo Rosana, vão enfocar a importância do fit-test, uma verificação do grau de eficiência daqueles itens. A técnica em segurança ressaltou que a ideia de incluir a atividade no evento é apontar que não basta apenas adquirir EPIs para funcionários, sendo necessário aferir se eles de fato são apropriados à atividade e se estão cumprindo os objetivos. “Tem de haver o fit test para ver se está vedando completamente”, esclareceu. Luvas, calçados e vestimentas também serão assuntos abordados.
O também organizador do evento Marcos Roberto de Lima lembrou da necessidade de se pensar que a segurança no trabalho inclui não somente o uso de EPIs, mas também o treinamento. A atividade, destacou, é fundamental para que os colaboradores de uma empresa estejam de fato trabalhando em segurança. “Não adianta (o empregador) fornecer o EPI e não explicar como usa”, resumiu. Ele apontou que treinar a equipe é inclusive obrigatório: “A norma deixa bem claro isso”.
Marcos observou que, com as leis e a difusão de uma cultura da segurança, os empregadores devem considerar que também os trabalhadores passaram a ser mais conscientes sobre o tema, preferindo uma colocação em empresas que observam aquele pré-requesito. “O próprio funcionário começa a cobrar, já tem consciência de que a vida dele é mais importante. A empresa está comprando o trabalho dele e não a vida e nem a saúde. Ao final do expediente, ele precisa retornar para casa, porque tem alguém que o espera”, concluiu.
O anfiteatro do Sindicato Rural fica na sede da entidade, na Rua Afonso Botelho nº 58, no Bairro Trianon.