Morreu aos 71 anos na madrugada deste sábado (25) em São Paulo, o ex-deputado federal e advogado José Mentor. Mentor foi dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele estava internado no hospital 9 de Julho há pelo menos uma semana para tratamento de covid-19.
Em nota, o Partido dos Trabalhadores prestou homenagem na página do partido na internet ao ex-deputado, que teve quatro mandatos na Câmara dos Deputados, de 2003 a 2019. Além disso, foi vereador e deputado estadual de São Paulo.
“Foi um parlamentar atuante e combativo ao longo de quase 30 anos na Câmara de Vereadores de São Paulo, na Assembléia Legislativa de São Paulo e na Câmara dos Deputados, em Brasília”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lembrou a trajetória de Mentor, destacando que aderiu às mobilizações estudantis desde cedo. “José Mentor teve uma vida plena de sentido, significado e contribuições para a sociedade brasileira. Minha solidariedade aos seus familiares e amigos.”
BANESTADO
Conforme a Agência Brasil, José Mentor foi relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado. A CPMI tinha o objetivo investigar indícios de evasão de divisas do Brasil, especificamente para os chamados paraísos fiscais, entre os anos de 1996 e 2002.
O processo tramitou por cerca dois anos no Congresso Nacional. Ao final desse período, Mentor pedia o indiciamento de 87 pessoas. No relatório, informou que o valor enviado ao exterior seria de US$ 80 milhões e US$ 150 bilhões, estimativa calculada com base na quebra de aproximadamente 1.400 sigilos bancários.
LAVA JATO
Em 2017, José Mentor foi denunciado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A denúncia era por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal, ao qual foi apresentada a denúncia, decidiu pelo arquivamento.
De acordo com a Agência Brasil, ele ainda foi citado em dois escândalos de corrupção: o Mensalão, quando foi testemunha de defesa de Rogério Tolentino, acusado de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha. E, por fim o Petrolão.
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