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O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou criminalmente o professor da rede estadual de ensino e ex-vereador do município Hélio de Mello (PL), de 47 anos, por estupro de vulnerável e outros crimes sexuais contra sete adolescentes. Mello presidia a Câmara Municipal de Irati, e renunciou ao mandato no último dia 9 de setembro. De acordo com o MP, as vítimas, com idades entre 11 e 17 anos, eram alunos do denunciado. O MP formalizou a denúncia nessa terça (7), e o acusado é considerado foragido.
Conforme as investigações, os crimes ocorreram de forma continuada entre 2017 e 2024. O professor, que atuava na rede pública desde 2003, teria se aproveitado da da posição para cometer os abusos, que aconteciam tanto nas dependências do colégio onde lecionava Educação Física quanto fora do ambiente escolar. A apuração indica que ele oferecia presentes e pagamentos em troca de encontros ou do envio de fotos íntimas das vítimas.
A irmã do acusado, que atuava como diretora na mesma instituição de ensino, também acabou denunciada. Conforme o MPPR, ela tinha conhecimento de parte dos abusos e não tomou nenhuma providência, sendo acusada de omissão.
INVESTIGAÇÕES
As investigações tiveram início em 5 de agosto deste ano, após o Conselho Tutelar de Irati receber uma denúncia anônima sobre os abusos sexuais cometidos pelo professor contra alunos do sexo masculino. A partir daí, formou-se uma força-tarefa que uniu o Conselho Tutelar, a Promotoria de Justiça, as secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, o Núcleo Regional de Educação e a Delegacia de Polícia Civil.
A denúncia enumera 28 fatos relacionados aos crimes praticados. O professor e ex-vereador responderá pelos crimes de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente. E ainda, favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, importunação sexual e assédio sexual.
A irmã dele acabou denunciada pelos crimes de prevaricação e assédio sexual e favorecimento da exploração sexual de adolescentes. Estes dois últimos na modalidade omissiva. Por fim, o processo tramita sob sigilo.
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