Produtores de feijão de Candói, no Paraná, não sabem o que fazer. A chuva destruiu parte da safra e o que foi colhido perdeu qualidade e está sem mercado.
Foi tanta chuva e calor que os grãos chegaram a germinar na vagem. Nem o remédio para controlar o mato funcionou. Quando chegou o tempo de colher, só deu chuva, disse a agricultora Alice Padilha.
Alice esperava colher 300 sacas de feijão, mas a lavoura rendeu menos da metade e ainda com grãos miúdos e com muitas falhas. Fui lá vender e o moço me disse para deixar na roça, para não bater porque não presta, falou.
Em um paiol estão mais de cem sacas de feijão colhidas pela produtora Bernarda e seu esposo. Mais da metade da produção ficou na lavoura. Eles desistiram de colher por causa da ma qualidade dos grãos. O que está estocado eles não conseguem vender.
Sem contar os custos com a mão de obra, são seis mil reais de prejuízo e a dúvida sobre o que fazer com o feijão. Estamos cozinhando até para a criação. Não tem comercio. Ninguém quer. Não tem preço, justificou.
Na região de Guarapuava, no Paraná, os agricultores estão recebendo R$ 55 pela saca de feijão preto. O preço mínimo estipulado pelo governo é de R$ 80.
Globo Rural