22/08/2023
Agronegócio

Excesso de chuvas causa perdas no feijão

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Produtores de feijão de Candói, no Paraná, não sabem o que fazer. A chuva destruiu parte da safra e o que foi colhido perdeu qualidade e está sem mercado.
Foi tanta chuva e calor que os grãos chegaram a germinar na vagem. Nem o remédio para controlar o mato funcionou. “Quando chegou o tempo de colher, só deu chuva”, disse a agricultora Alice Padilha.
Alice esperava colher 300 sacas de feijão, mas a lavoura rendeu menos da metade e ainda com grãos miúdos e com muitas falhas. “Fui lá vender e o moço me disse para deixar na roça, para não bater porque não presta”, falou.
Em um paiol estão mais de cem sacas de feijão colhidas pela produtora Bernarda e seu esposo. Mais da metade da produção ficou na lavoura. Eles desistiram de colher por causa da ma qualidade dos grãos. O que está estocado eles não conseguem vender.
Sem contar os custos com a mão de obra, são seis mil reais de prejuízo e a dúvida sobre o que fazer com o feijão. “Estamos cozinhando até para a criação. Não tem comercio. Ninguém quer. Não tem preço”, justificou.
Na região de Guarapuava, no Paraná, os agricultores estão recebendo R$ 55 pela saca de feijão preto. O preço mínimo estipulado pelo governo é de R$ 80.

Globo Rural

Cristina Esteche

Jornalista

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