Experiência de Curitiba pode ser modelo de habitação no interior

Da redação –  O pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, Beto Richa, afirmou nesta sexta-feira (30) que é possível levar aos municípios do interior a experiência de Curitiba na área habitacional. Nos cinco anos e três meses em que Beto Richa esteve à frente da prefeitura da capital, a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) atendeu 30.545 famílias com moradias, títulos de propriedade e urbanização. “Em Curitiba, nosso programa de moradia atendeu a todas essas famílias graças não apenas à parceria com a Caixa Econômica federal, mas também à excelência da Cohab na elaboração de projetos habitacionais e à capacidade da Prefeitura em oferecer a necessária contrapartida financeira aos financiamentos do governo federal”, disse Richa.
“A experiência de Curitiba pode ser transplantada para o nível estadual, com as devidas adaptações de estrutura técnica e o respeito às características de cada município na formulação dos projetos. O setor de construção civil vive um grande momento, com abundância de crédito, e o Estado pode tirar proveito de diferentes fontes de financiamento para alavancar a moradia de interesse social e a habitação rural. O FDE (Fundo de Desenvolvimento do Estado), o orçamento do Estado, o orçamento geral da União, a Caixa Econômica e o FGTS são algumas dessas fontes. Para tornar isso uma realidade é preciso competência técnica na formulação dos projetos, diálogo com o governo federal e sintonia fina com as prefeituras”, afirmou Richa
De quarta (28) a sexta-feira (30), Richa percorreu 21 municipios da região Noroeste do Paraná, para discutir idéias e propostas para seu Plano de Governo. A habitação foi uma das principais demandas apontadas nas dicussões. “Acabamos de entregar 80 moradias, mas a necessidade é muito maior”, contou o prefeito de Perobal, Almir de Almeida (PMDB). “É preciso diálogo, parceria com o governo do estado, para encontrar um solução para esse e outros problemas”, disse o prefeito de Cafezal do Sul, Marco Antonio Dogas de Oliveira (PTB).

SAÚDE E INFRAESTRUTURA
A falta de um hospital e o péssimo estado das estradas rurais foram as principais queixas apresentadas por lideranças de Maria Helena, na região Noroeste do Estado, em reunião com Beto Richa na quinta-feira (29) à noite. “Não temos veículos adequados para dar conta de levar tanta gente para Umuarama todos os dias, porque aqui só temos pronto-atendimento”, relatou a secretária de Saúde, Eliane Pagnussat.
“Temos ouvido muitas reclamações da população sobre o serviço público de saúde em todas as regiões do Paraná”, afirmou Richa. “Precisamos oferecer um serviço de saúde de melhor qualidade para atendimentos de baixa complexidade e, assim, desafogar o atendimento nos hospitais regionais.”
O prefeito Osmar Trentini destacou o mau estado das estradas rurais da região. “São quase 500 quilômetros de estradas de chão e não sobra recurso nem para colocar cascalho, o que ajudaria a conter a erosão. Nossos ônibus sofrem para dar conta de pegar as crianças e levar para a escola”, observou Trentini.
No município de Alto Piquiri, a carência na Habitação também foi citada. “Falta investimento em habitação, mas não pode ser financiamento indivuidual, tem que ter ação firme da Cohapar e acabar com o déficit habitacional ", disse o prefeito, Gerson Marcio Negrissolli (PSB). Alto Piquiri também aguarda a liberação para a construção de uma PCH Pequena Central Hidrelética (PCH).

AUDIÊNCIA PÚBLICA
A viagem de Beto Richa pelo Noroeste se encerra nesta sexta-feira à noite, com um audiência pública no anfiteatro do Campus 3 da Unipar, organizada pelo PSDB e pelo Instituto Teotonio Vilela. Durante a audiência, será apresentado um diagnóstico socioeconômico do Paraná e serão discutidas propostas para o Plano de Governo.