Sabem aquela história das duas faces de uma mesma moeda? Pois é. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, Joaquim Barbosa é um bom exemplo dessa retórica. Ganhando notoriedade por demonstrar uma conduta ilibada, por ser implacável contra os envolvidos no famoso caso do Mensalão, por assegurar que não cabe ao Estado estabelecer auxílio-moradia, auxílio-funeral ou auxílio-paletó, criticando o próprio CNJ quando este autorizou oito tribunais de Justiça a pagar R$ 100 milhões em auxílio-moradia, Barbosa, porém, mostra a sua outra face.
Segundo o repórter Rubens Valente, o inatingivel ministro, que se tornou presidenciável para grande parte dos brasileiros, é beneficiado por tudo o que critica. Recebeu R$ 414 mil, dinheiro proveniente do Ministério Público Federal. Por ser ex-procurador, o ministro recebeu a verba como auxilio-moradia. Em 2007, Barbosa já havia afagado R$ 166 mil como licenças-prêmio. Mas o ministro segue tranquilo, com a consciência em paz, já que a assessoria do Supremo diz que o ministro não recebeu nada de ilegal.