22/08/2023
Cotidiano

Falta de atrações e mau tempo frustram o trabalhador em Guarapuava

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A pouca participação do guarapuavano na pescaria promovida pela Prefeitura na Lagoa das Lágrimas e no Parque do Lago, neste domingo (1° de Maio), frustrou os comerciantes que instalaram barracas nesses locais.
O mau tempo reinante foi o pior inimigo de quem pensou em faturar uma renda extra no final de semana.

 

O cadeirante Marcio Edvel atravessou a rua Salvador Renna, que separa a Vila Concórdia, onde mora, do Parque do Lago, já nas primeiras manhã de sábado (30). Foi carregado com pinhão cozido, latas de refrigerantes e de cerveja, carne para fazer espetinho. Vendendo na pescaria do Lago pelo terceiro ano consecutivo, este 1° de Maio, não rendeu como nos anteriores.
“Vendi somente 400 espetinhos, uns 15 quilos de pinhão cozido e um pouco de pinhão cru. O movimento está muito fraco. O que os salvou foi ontem que o tempo estava melhor e o povo veio”, diz ele enquanto coordena a desmontagem da barraca.

 

O resultado não foi diferente para a família de Antonio Marcos Colaço. Ele, a esposa e os filhos saíram do Bairro Santana já no sábado apostando numa renda extra. Participando pela primeira vez, a família lamentou o mau tempo. “Passamos a noite aqui e o resultado não foi bom”, reclama Colaço. Dos produtos que foi levado para vender a maioria retorna. “O que nos salvou foi o quentão. Vendemos uns 50 litros, mas o restante das coisas sobrou tudo”, diz João Henrique dos Santos.
“Não funcionou. Só esquentamos a cabeça”, diz Colaço.

 

Na Lagoa das Lágrimas a situação ainda foi pior. “A tradicional festa do trabalhador está acabando. Antes tudo era concentrado aqui na Lagoa. De uns anos para cá mudaram para o Parque do Lago e não fica bom nem aqui e nem lá. Ainda mais com chuva e frio”, reclama o ambulante Antonio Acir de Souza.

 

A falta de atrações como os grupos de música ao vivo, como acontecia em anos anteriores, desmotivou o pequeno público que compareceu neste domingo no Parque do Lago. “Não tem mais nada. Mesmo com frio a gente arrisca em sair de casa para ver os grupos da cidade cantar. Mas neste ano não tem nada. O negócio está feio”, diz Leopoldo Nogueira que saiu do Industrial Xarquinho com a família. “Chegamos, mas já estamos virando a volta”, afirmou.

 

De acordo com a empresa contratada para fazer o som no Parque do Lago, neste ano nenhuma atração ao vivo estava programada. “Viemos aqui para deixar um sonzinho mecânico”, comentou um dos técnicos.

Cristina Esteche

Jornalista

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