Usuários do SAS (Serviço de Assistência à Saúde) em Guarapuava e Laranjeiras do Sul se ressentem com a falta de médicos e de acesso a exames laboratoriais. “Estou precisando ir ao médico e não estão atendendo”, reclama uma professora que pediu para não ter a sua identidade revelada. Esta é apenas uma das várias usuárias que entraram em contato com a Rede Sul de Notícias nesta quinta feira (05).
De acordo com o provedor do Hospital São Vicente de Paulo, de Guarapuava, Rui Primak, o Governo do Estado atrasou o repasse financeiro referente a outubro e não foi possível o pagamento de médicos e prestadores de serviços. “Muitos médicos demonstraram desinteresse em continuar atendendo. O mesmo aconteceu com laboratórios”. Segundo Primak, mesmo assim o serviço ambulatorial está abertos e à disposição dos usuários. A expectativa é de que a Secretaria Estadual de Administração libere o repasse ainda na noite desta quinta feira. “Se isso acontecer amanhã já colocamos tudo em dia e na segunda feira o atendimento voltará ao normal. Entendemos que Governo vive um momento delicado tendo que pagar o 13º salário, também entendemos o lado dos usuários, mas o hospital depende desse dinheiro para quitar os débitos”.
O Hospital São Vicente atende os usuários do SAS há cerca de três anos. Segundo Primak, a média mensal é entre oito e nove mil atendimentos em Guarapuava e nas bases de Laranjeiras do Sul e de Pitanga. Estas duas estão fechadas. O repasse mensal feito pelo Governo do Estado é de cerca de R$ 400 mil. O SAS é o plano de saúde dos servidores públicos estaduais, incluindo o Ministério Público.