Perto de 500 pessoas, segundos cálculos da Polícia Militar, prestigiaram o lançamento do Festival de Inverno em Guarapuava na noite dessa terça (22), na Praça 9 de Dezembro.
Durante a inauguração o termômetro afixado na calçada em frente à praça marcava 17º, frustrando a expectativa dos guarapuavanos. Todos queriam que a neve que caiu sobre Guarapuava há um ano voltasse a se repetir. Em vão. Afinal, há muitos meses os institutos de meteorologia já anunciavam que o inverno deste ano é mais quente do que em 2013 por causa do fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano, influenciando na estação.
Tudo bem se o luau da neve não saiu como esperavam os guarapuavanos. Aliás, muitos foram até a praça para ver como o evento aconteceria, já que luau é típico de beira mar, em volta de fogueira com som acústico e dança. Comento isso, porque foram as perguntas que recebi durante o tempo em que permaneci na praça. Confesso que não soube responder, mas houve chocolate quente e chimarrão e as músicas mostradas pelo Coral Municipal, sob a batuta da maestrina Marcia Rickli, nada deixaram a desejar. Méritos também para a impecável Banda Musical, do maestro Rodrigo. Antes, houve apresentação do selo “Guarapuava – O frio mais gostoso”, entrega de uma flâmula para o chef Ronaldo Boese que representou os setores de gastronomia e hoteleiro; pronunciamentos, a entrega de uma placa como marco da neve e do termômetro.
Em seguida, quem foi em busca de neve, pode relembrar um pouquinho do fenômeno que encantou a todos no ano passado. Uma máquina disparou neve artificial para a alegria da criançada e o evento acabou deixando o público esperando algo mais.
Além do fenômeno atmosférico tão esperado pelo público, faltaram atrações que compensassem a ida das pessoas até a praça. “Eu vim do Xarquinho para ver um festival e até agora não vi nada”, disse o pedreiro Lucas Gonçalves do Amaral, uma das pessoas a reclamar da programação. "Eu achei que aqui teria uma praça de alimentação com comidas típicas do inverno, mas fiquei sabendo que é so nos restaurantes", comentou a dona de casa Marcilia Oliveira, do Bairro Santana, que foi à praça com o esposo e três filhos. Quem sabe nas próximas edições não seria pertinente uma programação mais popular que contemple quem mora nos bairros da cidade?
Mas como disse o vice presidente da Câmara, vereador Airson Horst, para se aprender a caminhar é preciso dar os primeiros passos. E uma coisa é certa: se houver atração o guarapuavano sai de casa mesmo com o frio, mas é preciso suprir a sua expectativa e o momento é agora. Guarapuava está pronta para isso. Bastam iniciativas, como a de ontem e como foi o "Cerejeiras em festa" que levou famílias ao Parque do Lago na tarde do último sábado, comprovando que na maioria das vezes, é na simplicidade que está o segredo da eficiência.