*Reportagem com vídeo
Todos os dias várias pessoas ao redor do mundo lutam contra a covid-19. Esse é o caso de Raquel de Fatima Santos Ruppel, 50 anos, que ficou 34 dias internada, desses 29 na UTI no Hospital São Vicente de Paulo, em Guarapuava. Com muita fé e união da família, Raquel superou o coronavírus e pode voltar para o convívio dos familiares.
De acordo com a filha de Raquel, no dia 1º de maio os primeiros sintomas começaram a aparecer. Dois dias depois recebeu o resultado positivo. Sendo internada no dia 9 de maio, Dia das Mães.
A saturação baixou muito, teve falta de ar e justamente no Dia das Mães precisou ir para o hospital
Após receber os resultados dos exames, o médico indicou que Raquel ficasse internada. De acordo com as informações, a paciente estava com 60% dos dois pulmões comprometidos. O tempo na enfermaria foi passando e Raquel enfraqueceu cada vez mais. Com o avanço da doença, ela não conseguia comer e nem beber.
“Consequentemente precisou de mais oxigênio e houve baixa na saturação, com isso, depois de quatro dias na enfermaria, no dia 13 de maio ela precisou ir para a UTI”. A equipe médica informou para a família que Raquel precisaria ficar dois dias internada na UTI, pois o procedimento que precisava fazer só era possível na unidade. Porém, no dia 16 de maio precisou ser intubada.
DIAS DIFÍCEIS, MAS COM A FÉ INABALÁVEL
Com Raquel na UTI, a filha recebia notícias uma vez ao dia, por meio de ligação do hospital. “Ela apresentava pico febril, pressão alta e dificuldade para respirar. Não conseguiam fazer novos exames, porque só de mexer um pouco já começava a saturar”.
Mesmo com poucas notícias boas sobre o quadro da mãe, os familiares em nenhum momento perderam a fé e a esperança na melhora. Com isso, a filha de Raquel, respeitando as normas de distanciamento social e usando máscaras, reuniu a família e amigos em frente ao hospital.
Cantamos e fizemos orações para ela e todas as pessoas que estavam internadas.
Após sete dias de intubação, chegou a notícia que Raquel precisaria ser submetida a uma traqueostomia (procedimento cirúrgico para abertura da parede anterior da traqueia). “Estávamos na casa da minha vó no momento, e foi uma dor muito grande. Porque naquele momento tudo se passava pela mente”.
Os dias passaram e Raquel permanecia estável. Mas no dia 5 de junho, as orações da família surtiram efeito e ela começou a apresentar melhora. Já no dia 7 de junho, ela já estava no quarto, conseguindo se alimentar.
“Nós todos aqui fora estávamos numa animação que só Deus sabe, e correndo atrás de balões, cartazes. Fizemos até mesmo camisetas personalizadas, com a foto dela e escrito: nós vencemos a covid”.
ALTA
Desse modo, após dias, Raquel recebeu alta e pode ir para casa. A filha conta que a recuperação da mãe está sendo rápida, que mesmo em casa ela consegue passar algumas horas sem usar o respirador. Além disso, já está se alimentando bem e consegue fazer alguns exercícios. “Ela evolui rapidamente, de uma forma que só Deus sabe nos explicar, porque Ele não faz nenhum milagre pela metade, Ele faz completo e a nossa história tem sido de milagres”.
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