Familiares da jovem que sofreu queimaduras durante incêndio, possivelmente criminoso, numa casa na Vila Santana, em Guarapuava, informaram que o estado de Ana Paula Galeski, 19 anos, é gravíssimo. Ela está internada em hospital de Londrina, em coma induzido e com 5% de chances sobrevivência, segundo informou uma das irmãs da vitima.
O caso que envolveu uma possível tentativa de sequestro do bebê, filho de Ana Paula, é complexo e a família não aceita a versão dada pelo companheiro da vítima. De acordo com a irmã de Ana Paula, Tatiely, a história está muito mal contada. As duas mulheres já frequentavam a residência do casal há algum tempo se passando por membros da Pastoral da Família, movimento social ligado à Igreja Católica. Na quinta-feira (30), de acordo com informações dadas pelo pai do bebê e companheiro de Ana Paula, as duas mulheres apareceram na casa e lhe ofereceram um emprego na Colônia Samambaia. “Até deram R$ 40 para que ele pegasse o ônibus, mas ele acabou se entretendo com um homem que queria lhe vender um celular e perdeu o ônibus”, disse Tatiely.
No sábado (1º),enquanto o homem se encaminhava para o suposto novo emprego, as mulheres voltaram a residência e tentaram raptar o bebê de dois meses. Antes, porém, as suspeitas agrediram a mãe da criança e um sobrinho do casal que também estava na casa. Na tentativa de fuga, as mulheres ainda atearam fogo na residência. “O que o menino nos contou é diferente. Ele disse que as mulheres passaram café e deram à minha irmã que desmaiou em seguida. Depois as mulheres levaram ela para a cama, benzeram ela com álcool e gasolina e puseram fogo. A sogra e a cunhada da minha irmã estavam na casa. Como não fizeram nada? Por que só a minha irmã tomou o café” questiona Tatiely.
Uma vizinha ouviu os gritos de socorro e encontrou as suspeitas já saindo da casa. Dentro de uma bolsa, carregada pelas mulheres, a vizinha encontrou a criança de dois meses. A mulher tomou a bolsa das criminosas que fugiram do local. Na bolsa também foram encontradas duas identidades, possivelmente falsas, e uma certidão de nascimento.
A mãe da criança foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros e levada para hospital em Londrina. “Estivemos lá vendo a Ana Paula. Ela está horrível com queimaduras pelo corpo, dentro e fora. O médico nos disse que se ela sobreviver vai ficar com sequelas horríveis”. Segundo Tatiely, a jovem tem 5% de chances de sobreviver, mas contraiu uma pneumonia e o quadro se agravou.
Além de todo esse drama, a família de Ana Paula, que já sobreviveu ao vício do crack e a 50 facadas desferidas por um homem que era seu caso amoroso, ainda está impedida de ver o bebê. “Ele (companheiro de Ana Paula) não deixam nem a minha mãe ver a criança. Minha irmã está morrendo e não podemos ver o seu filho”, reclamou Tatiely.
A REDE SUL DE NOTICIAS foi até o endereço dado por Tatiely como sendo o da família do companheiro de Ana Paula, mas não encontrou ninguém. O escrivão responsável pelas investigações do caso disse que não pode dar informações.
MATÉRIA RELACIONADA:
Mulheres colocam fogo em casa para tentar raptar bebê em Guarapuava