Deixar o amor ao próximo falar mais alto em um momento de extrema dor não é uma tarefa fácil. Porém, foi pensando justamente em ajudar outra pessoa que uma família aceitou doar os órgãos de uma criança de dois anos, que faleceu nesta quinta feira (25), em Guarapuava, vítima de hipertensão intracraniana. O nome da criança e da família foram preservados pelo Hospital Santa Tereza, que realizou a captação dos órgãos no final da manhã de hoje. Os órgãos ajudarão a salvar a vida de outra criança, no Rio Grande do Sul.
De acordo com Marielly Mendes de Morais, psicóloga da Comissão Intra Hospitalar de Transplantes (CIHDOTT), em casos de doação de órgãos, há um trabalho psicológico especial envolvendo a família.
“Nós explicamos que a doação é uma oportunidade para a família salvar uma ou mais vidas. Que existem pessoas que, muitas vezes, estão à anos numa fila aguardando um transplante para ter uma melhora na qualidade de vida. A gente explica, também, que a doação pode servir como um conforto, já que a família vai fazer com que um pedacinho do seu ente querido viva dentro de outra pessoa”, explica Marielly.
A captação dos órgãos que ocorreu nesta quinta (25) contou com o suporte de uma equipe de Curitiba.
“No momento de tristeza, eu só pensei que na minha dor eu podia ajudar uma criança a ser feliz. Por mais que não tenha sido pelo coração, mas com alguma coisa eu consegui”, disse a mãe da criança, que pediu para não ser identificada, ao Portal RSN.