22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Família que perdeu duas pessoas faz apelo contra festas clandestinas

Sogro e genro morrem com oito dias de diferença e Ricieli Rodrigues, que mora em Palmas, contatou o RSN para pedir que as pessoas se cuidem

Antonio Jukowski (Foto: Divulgação)

A morte sempre fez parte do cotidiano das pessoas. Entretanto, durante a pandemia da covid-19, famílias estão sendo dizimadas diariamente. Em contraponto, as aglomerações em festas clandestinas continuam ‘engrossando’ as ocorrências policiais. Em Guarapuava, por exemplo, na madrugada desta segunda (7), um jovem de 18 anos fez uma festa, e, ele está com a doença.

De acordo com Recieli Rodrigues, que mora em Palmas (PR), duas pessoas da família morreram num espaço de oito dias. “Primeiro morreu meu sogro Antonio Jukowski, de 71 anos e agora, na sexta (4), morreu meu cunhado Osnei Uchak, de 46 anos. É muito triste para a família”.

Conforme Recieli, Antonio era aposentado, não saía de casa e já tinha sido vacinado com a primeira dose. “Desde que começou a pandemia ele se trancou em casa aí em Guarapuava. Não sabemos onde pegou o vírus”. Já Osnei era caminhoneiro. “Ele vivia pelas estradas, tomando banho em postos e não teve a chance de tomar vacina. Era um homem muito trabalhador, que cuidava da família”.

PERDAS IRREPARÁVEIS

Para a mulher, as perdas são irreparáveis. “As perdas são muito doidas. E nessa pandemia elas se agravam porque levam qualquer pessoa independente da idade. E são mais de uma numa mesma família. Isso se tornou comum, mas a dor é muito grande e não há consolo”. Desse modo, segundo ela, o que não dá para entender são aqueles que fazem festas clandestinas. E o que é pior: aqueles que participam.

“As pessoas estão morrendo. Há muitas famílias sofrendo e há aqueles que estão disseminando, levando o vírus para dentro de casa. Eu moro em Palmas e não tenho ninguém aqui. Estou com ansiedade e pânico. Só acho que esses jovens devem pensar em quem está se cuidando, pensar nos pais, nos avós, nos irmãos. E faço um apelo: fiquem em casa, usem máscara, álcool gel. Essa doença não é brincadeira. Levou duas pessoas de bem da nossa família. E, para nós só restou a dor, a saudade e as palavras de conforto dos amigos”.

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