22/08/2023


Guarapuava Segurança

Familiares de presos voltam a se manifestar sobre conduta do Deppen na Cadeia Pública

Familiares afirmam que presos ficaram sete horas de cueca e na chuva, no pátio destinado ao banho de sol. Deppen não se pronunciou

Colchões ficaram do lado de fora do cadeião no dia 15 de fevereiro (Foto: Larissa Ortiz/RSN)

*Reportagem com vídeo

As condições de tratamento aos presos do Cadeião Público de Guarapuava voltaram a movimentar familiares. No dia 15 de fevereiro, uma operação na unidade prisional chamou a atenção. Colchões e roupas foram jogados no lixo. Desta vez, uma carta destinada à imprensa afirma que os presos estão sendo submetidos a condições sub-humanas e humilhações.

Conforme as informações repassadas ao Portal RSN, seis dias depois da primeira operação, os presos foram acordados com bombas. “Eles entraram lá dentro por volta das 5h. Jogaram bombas nos corredores. Tiraram os detentos para o pátio somente de cueca. Estava muita chuva e frio. Eles foram obrigados a ficar lá até 12h”.

Além disso, as “marmitas estão chegando azedas para o almoço e janta. Nos dias de visita podemos enxergar a tristeza nos olhos deles. Alguns estiveram gripados por terem tomado chuva. As câmeras foram desligadas para que os presos tivessem seus direitos violados sem que ‘eles’ precisassem ser responsabilizados por isso”.

A carta pede “encarecidamente” que sejam tomadas as providências. As famílias questionam ainda, quais as chances de que uma pessoa saia da cadeia com um novo propósito depois do tratamento oferecido.

PROCEDIMENTOS DA CADEIA

Na primeira ocasião o gestor da Cadeia Pública, Jaques Padilha, respondeu os questionamentos dos familiares na porta do cadeião. Mas, afirmou que questões que partissem da imprensa ficariam reservadas para a assessoria de comunicação. Ele afirmou enviariam uma nota. A nota não chegou.

Jaques disse que os colchões jogados no lixo foram substituídos por novos. Já os familiares afirmaram na carta que os presos “dormiram em pé”. Além disso, ele explicou que o procedimento para acesso a qualquer unidade prisional no Estado é determinado pelo Deppen (Departamento do Polícia Penal do Paraná).

Sobre o acesso às visitas com determinadas cores de roupa Jaques explicou. “Pedimos que não venham com roupas brancas. Essa é a cor do uniforme dos presos. Já as roupas pretas fazem parte do uniforme dos agentes. Para segurança de vocês e nós, agentes, pedimos esse cuidado”.

POSIÇÃO DO DEPPEN

Os responsáveis do Deppen em Guarapuava foram questionados sobre as denúncias pelo Departamento de Jornalismo do Portal RSN. Contudo, o gestor da Cadeia Pública, Jaques Padilha, repassou para a assessoria de comunicação do Deppen. Até a publicação não houve resposta.

O responsável pela Regional de Guarapuava do Deppen, Marcos de Paula, também orientou o envio de um e-mail. Por fim, veja o vídeo que mostra os colchões no lixo.

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Jornalista

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