22/08/2023
Cotidiano Paraná Região

Famílias do Baixo Iguaçu lutam por indenização das terras alagadas

Das quase 300 famílias atingidas, aproximadamente 50 ainda não receberam indenização do consórcio formado pelo Grupo Neoenergia e Copel

baixo iguaçu

Famílias se reúnem com o deputado Artagão Junior (Foto: Assessoria parlamentar/deputado Artagão Junior)

Cinquenta famílias de agricultores das 300 que tiveram as terras alagadas com a barragem da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, ainda reivindicam a indenização. De acordo com os agricultores, a Usina está concluída desde dezembro de 2018. A estrutura pertence à Copel, em parceria com a Neoenergia, e custou mais de R$ 2,4 bilhões. Ela entrou em operação comercial em 10 de abril de 2019.

Administrada pelo consórcio formado pela Neoenergia (70%) e pela Copel (30%), a usina fica localizada no Rio Iguaçu, na Região Sudoeste. Está entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques. O empreendimento conta com três unidades geradoras, com capacidade suficiente para atender 1 milhão de habitantes, a partir da produção de energia limpa e renovável.

No entanto, famílias atingidas ainda lutam para obter o que é de direito. Assim sendo, várias reuniões já ocorreram nas esferas federal e estadual. Em uma delas, nessa terça (26), uma comitiva pediu o apoio do deputado estadual Artagão Junior. De acordo com o presidente da comissão criada pelos agricultores, Claudecir Alves da Silva Moura, o parlamentar tem ajudado as famílias nas discussões junto ao IAT e Ministério Público.

“Temos pareceres das famílias que já foram  indenizadas. E  são exatamente iguais aos de famílias ainda não indenizadas. Queremos justiça para que todas recebam a indenização”.

De acordo com a assessoria parlamentar, também participaram da reunião a presidente da Câmara de Capitão Leônidas Marques, Cleudes Pavan. Além de Vicente Paulo da Silva, Elizete Szekut, Valcir Lucietto. E ainda Vilmar Folchini e Valmir Lucietto, representando as famílias prejudicadas.

“TEM QUE RESOLVER”

Artagão Junior lembrou que a concessão da licença ambiental dada ao consórcio teve como base o Plano Básico Ambiental. “Se não está sendo cumprido na sua integridade, temos que tomar as providências cabíveis”.

De acordo com o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, a companhia está trabalhando para “resolver pendências”. Entre estas, com as famílias atingidas e que ainda não receberam indenização.

Entretanto, ele disse que apenas 14 de um total de 140 atingidas pela barragem, recorreram à Justiça. Contudo, segundo Slaviero, existe um grupo que reivindica indenização, mas que não tiveram as terras alagadas.

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Cristina Esteche

Jornalista

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