22/08/2023
Saúde

Fechamento do Estrela de Belém provoca caos no atendimento hospitalar

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O fechamento do Hospital Estrela do Belém sem qualquer aviso antecipado está provocando uma situação caótica nos demais hospitais de Guarapuava. Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outros convênios de saúde estão migrando para o Santa Tereza, para o São Vicente e para o Semmelweis (Colônia Vitória), que já trabalhavam com a capacidade de leitos esgotada.
“Daqui a pouco vamos colocar macas nos corredores, vai haver gritaria. Por enquanto, estamos levando do jeito que podemos, pois temos que atender e pensar no coletivo”, afirma o vice-provedor do Hospital São Vicente José Alberto de Toledo. “Temos ainda que conviver com penalidades. É a Vigilância Sanitária Municipal, Ministério do Trabalho, Conselho Regional de Medicina, denúncias e ainda com o excesso de demanda. Temos que chamar a responsabilidade de quem criou essa situação. E ainda falam em criar Hospital Regional. Isso é um absurdo”, reage.
De acordo com Toledo, Guarapuava possui apenas um terço dos leitos que havia há 10 anos. “Tínhamos seis hospitais e agora?” Nos últimos anos, os hospitais São João, São Judas Tadeu e o Pronto Socorro (que funcionava onde hoje está a Polícia Federal) fecharam.
“Atendemos um universo de 550 mil habitantes de 20 municípios da região, cujos casos mais graves desembocam aqui. No nosso hospital 87% são atendimentos do SUS. Estamos remando como podemos”, diz.
Nos três hospitais em funcionamento em Guarapuava existem ao todo 390 leitos e 30 Unidades de Terapia Intensiva, assim distribuídos: 250 leitos (Santa Tereza), dos quais 180 destinados a pacientes do SUS; 28 leitos, sendo 16 para o SUS (Semmelweis) e outros 168 leitos, dos quais 121 para o SUS (São Vicente), além de 20 leitos de UTI (Santa Tereza) e outros 10 (São Vicente). 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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