O músico Felipe Leão Caldas foi condenado a 14 anos e 3 meses de prisão pelo feminicídio de Terezinha Portella, cometido em setembro de 2023. A juíza Erika Luiza Dias Pinto Tarboda proferiu a sentença no fim da tarde desta terça (18).
A decisão veio após um dia inteiro de julgamento, no qual defesa e acusação apresentaram os argumentos e testemunhas prestaram depoimentos. Caldas deve cumprir a pena na Penitenciária Industrial de Guarapuava em regime fechado.
Durante o depoimento, Felipe Leão Caldas admitiu ser o autor do crime, mas alegou não se lembrar dos detalhes, atribuindo a ação ao consumo excessivo de álcool e ao “calor da situação”. A defesa tentou sustentar a tese de que ele sofreu um apagão devido ao alcoolismo, o que o impediria de ter plena consciência dos atos.
A acusação, no entanto, destacou contradições no relato do réu e apresentou provas que reforçam a brutalidade do crime. Além disso, mencionou episódios anteriores de agressão cometidos por Felipe, incluindo violência doméstica contra a ex-mulher e um ataque contra um pastor.
SENTENÇA E INDENIZAÇÃO
Com a decisão do júri, além da prisão, Felipe Leão Caldas terá que pagar uma indenização de 15 mil reais para a filha da vítima, Ana Fernanda Pires. Como o caso ocorreu antes da nova Lei do Feminicídio, que prevê penas de até 40 anos de prisão, o crime foi julgado como homicídio com qualificadora de feminicídio, conforme o Princípio da Retroatividade Benéfica Penal.
De acordo com Ana, a pena é pequena em relação ao estrago deixado na família.
Infelizmente, achamos pouco os 14 anos, por tudo o que aconteceu e como foi, mas pelo menos ele vai cumprir essa pena.
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