Feministas se unem para lutar contra a opressão

Da Redação

Guarapuava – Elas são cerca de 50 mulheres ativas num grupo que agrega mais de 300 em ações nas redes sociais. São acadêmicas, mães, profissionais liberais, entre outras, que compõem o Coletivo Feminista Claudia da Silva, em Guarapuava. O coletivo homenageia uma trabalhadora, mãe de quatro filhos, assassinada pela polícia no Rio de Janeiro. Ela foi baleada por policiais, colocada dentro do porta-malas da viatura e arrastada por 120 metros, até morrer.

“Entendemos que a realidade vivida por Claudia da Silva se repete com inúmeras mulheres e, por isso, foi dado esse nome ao coletivo”, diz a estudante de Jornalismo da Unicentro, Aline Koslinski.

O coletivo luta contra a opressão do machismo que resulta em violência contra a mulher, nas mais variadas formas; contra a opressão da mulher negra, entre outras pautas próprias do gênero.

Para debater essas e outras questões e, principalmente, politizar a mulher que vive na periferia da cidade, o coletivo promove palestras em escolas, panfletagens, atos públicos com a venda de materiais para arrecadar fundos, rodas de conversas nos bairros, em empresas e instituições. "O nosso foco principal é a mulher que vive nos bairros, nas vilas", emenda a também acadêmica de jornalismo, Bia Pimentel.

O apoio à outros coletivos como o LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transsexuais) também é ação do coletivo feminista. “Em Guarapuava temos o Bajubá que é um grupo LGBT e que em iorubá [idioma africano] significa resistência”.

O coletivo e o grupo estão sendo os responsáveis pela Marcha das Vadias, movimento contemporâneo contra qualquer tipo de opressão. A Marcha será neste sábado (30), a partir das 9h, na Praça Cleve.