Ferroeste faz audiência pública na Cantu e na região sudoeste

Guarapuava – Está concluído e será apresentado na próxima sexta-feira (11), em primeira audiência pública, na cidade paranaense de São Jorge do Oeste, o Estudo de Viabilidade Técnico-econômica e Ambiental (1a fase) do ramal ferroviário que ligará o Paraná, pelas regiões do Cantuquiriguaçu e Sudoeste do Estado, ao Oeste de Santa Catarina, no município de Chapecó. A anúncio foi feito nesta terça-feira (8), na Escola de Governo, pelo presidente da empresa, Samuel Gomes.
Segundo Gomes, ¨as audiências públicas visam aperfeiçoar o estudo, colhendo críticas e sugestões de cada região sobre aspectos da economia local que eventualmente não tenham sido contemplados no levantamento¨. O objetivo é apurar o potencial de cargas que serão transportadas e determinar a viabilidade da ferrovia. O levantamento prévio aponta que o volume de cargas no novo ramal é de seis milhões de toneladas por ano.
O estudo técnico, econômico e sócio-ambiental, conforme Gomes, confirma as projeções do potencial das regiões abrangidas. Com a chegada da Ferroeste a Chapecó – acrescentou –, 238 municípios do Rio Grande do Sul vão entrar na área de influência da ferrovia. Essa região, que inclui os municípios gaúchos de Erechim e Passo Fundo, concentra mais de 50% do PIB (Produto Interno Bruto) daquele Estado.
As apresentações da Ferroeste nas audiências públicas, embora de caráter técnico, serão acessíveis à população. Prefeituras, órgãos técnicos e os diversos setores econômicos da região podem auxiliar a empresa no aperfeiçoamento das projeções de cargas potenciais, antecipando seus planos de expansão nos municípios sobre a área de influência da ferrovia.
¨Estes são dados, observa o presidente da Ferroeste, ¨não são captados nos bancos de dados públicos que serviram de base para o excelente estudo elaborado pelo Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento)¨.
MOBILIZAÇÃO
¨O estudo prova a necessidade e a viabilidade da ferrovia¨, declarou Gomes, ¨mas não garante a sua construção¨. Segundo ele, o que vai garantir o início das obras é a mobilização política das regiões envolvidas e o compromisso dos governadores do Paraná e Santa Catarina e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff , que já manifestaram seu apoio ao projeto. ¨O que inicialmente cabia à Ferroeste fazer era provar que a ferrovia é viável. Isto está provado¨, garante Gomes. ¨Agora juntamente com a região vamos a luta para realizar o projeto¨.
Gomes lembrou que o contrato para iniciar o estudo preliminar de viabilidade do ramal até Chapecó – encomendado pela Ferroeste ao Lactec – foi assinado pelo governador Roberto Requião e também por ele, em Pato Branco, no Sudoeste do Estado. O projeto da ferrovia, no entanto, começou a ganhar impulso em 2006 com a ¨Carta do Sudoeste¨, documento que elenca 40 reivindicações da região abrangida pela Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) e pelas associações das câmaras municipais do Sudoeste (Acamsop 13/14). ¨Foi a sociedade do Sudoeste que reivindicou esta ferrovia, mas percebemos que a sua viabilidade é maior com a união de Santa Catarina¨, concluiu Gomes.