22/08/2023
Guarapuava Saúde

Fim de gestão e telhado deteriorado no HR desafiam a Saúde

Sesa disse ao Portal RSN que mandará equipes de obra e do Paraná Edificações nos próximos dias e garante contrato se houver demanda da covid

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Hospital Regional ainda não está concluído e parte do telhado já enferruja (Foto: Divulgação/Cilla)

As condições precárias de parte do telhado do Hospital Regional e o futuro da Instituição preocupam o Portal RSN, em Guarapuava. Inaugurado em 12 de julho de 2020, portanto, há apenas um ano, a parte da frente está sendo tomada por ferrugem. No entanto, este não é o principal problema. Administrado pelo Hospital Erasto Gaertner, o chamado ‘hospital de campanha’ caminha para o encerramento das atividades relativas à covid-19.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) o contrato para a gestão do HR termina em dezembro deste ano. Todavia, informações prestadas por membros da equipe que atua no Hospital, assegura que já há demissões.

Estamos inseguros, porque estamos vendo a dispensa de colegas não sabemos o que acontecerá com a gente.

Conforme uma das enfermeiras, no começo das atividades cerca de 290 funcionários trabalhavam no local. “Hoje somos em bem menos porque o número de pacientes está sendo reduzido”.

O complexo médico funciona hoje para atendimento exclusivo de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Assim sendo, parte da estrutura encontra-se isolada. A proposta inicial previa que a segunda fase do Hospital Regional do Centro-Oeste, prevista para 2021, continuasse em construção. Quando concluída, a capacidade total do centro médico será de 30 leitos de UTI adulto e 80 leitos de enfermaria clínica.

BETO PRETO ANUNCIA VINDA DE EQUIPE

Entretanto, provocado pelo Portal RSN, o secretário Beto Preto, por intermédio de um dos assessores, disse que nos próximos dias uma equipe de obras da Sesa estará em Guarapuava. Junto deverá vir uma equipe técnica do ‘Paraná Edificações’. Eles vão avaliar o telhado e o que falta para a conclusão da obra.

Após a pandemia, a estrutura de Guarapuava atuará como referência para Urgência e Emergência, com perfil direcionado à ortopedia e trauma, cirurgia geral e clínica médica, beneficiando 20 municípios da Região. Todavia, segundo a Sesa, a proposta inicial está mantida. “Mas isso não impede que possamos ‘turbinar’ o hospital e ofertar outras especialidades”, segundo a Sesa.

Em relação ao contrato para a gestão, segundo a Sesa, após avaliação, se houver demanda da covid, pode haver prorrogação do prazo.

RETOMADA

O projeto de construção do Hospital Regional de Guarapuava começou a sair do papel em 2015. No entanto, logo houve a paralisação da obra, sendo retomada apenas no primeiro semestre de 2019, já na gestão de Ratinho Junior. Por causa da pandemia da covid-19, uma força-tarefa entregou parte do hospital em tempo recorde.

De acordo com Beto Preto, na época a Sesa encontrou a obra com diversos problemas administrativos.

A virtude desse governo é não deixar obra pelo caminho, independentemente de quem começou a executá-la. O esforço do Estado é grande, investimentos que permitem salvar vidas.

Conforme a Sesa, no complexo de 17 mil metros quadrados de área foram gastos R$ 61,7 milhões apenas na construção da edificação, com recursos do Fundo Estadual da Saúde. Outros R$ 30,49 milhões foram usados na compra de equipamentos. Por fim, mais de R$ 23,28 milhões foram aplicados na abertura dos leitos covid, totalizando R$ 115,4 milhões.

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Cristina Esteche

Jornalista

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