22/08/2023
Segurança

Fleck defende a maioridade penal, desde que a lei tenha mudanças

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Cristina Esteche

O presidente do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), Valcenor Fleck, criticou a omissão da sociedade em relação à marginalidade que envolve crianças e adolescentes. De acordo com o empresário, que está há 20 anos no Conseg, as cobranças em relação a resultados se sobrepõem ao envolvimento na busca da prevenção. “A sociedade está criando uma exclusão desse menor”. Fleck observa que a falta de oportunidades leva o menino para os braços do traficante e as meninas à prostituição, gerando um conflito social que já é vivenciado em Guarapuava. Fleck observa também que a impunidade motiva essa parcela da população a cometer  infrações e ser reincidente. “Eles [adolescentes] sabem que a legislação que os protege e quando são apreendidos logo em seguida voltam às ruas”. 

Nesse sentido, Fleck defende a implantação de um centro de ressocialização. “Já perdemos um e hoje não se tem o que fazer com esses menores, já que faltam vagas nos existentes”.

Na opinião do presidente do Conseg, outra alternativa para conter esse ciclo seria a aprovação  da maioridade penal, desde que tivesse mudanças na lei em tramitação. “Os adolescentes não podem ser colocadas nas mesmas celas que os adultos, embora também já estejam matando”. Para ele, o simples fato da lei ser aprovada, já bastaria para que os adolescentes infratores deixassem de cometer delitos. “Acredito que haveria uma redução  de cerca de 50% no número de menores envolvidos em delitos”. 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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