Foi preso neste sábado (21), no município de Campos Novos, em Santa Catarina, o foragido que teve participação no tiroteio que aconteceu no dia 5 deste mês na rodoviária de Guarapuava. O suspeito é Cléber do Prado Silva. Ele fugiu logo após o início do tiroteio, que resultou na morte de três pessoas: dois traficantes e um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
De acordo com informações do comandante da 3ª Companhia de Polícia Militar de Campos Novos, capitão Rodrigo Pedroso, Cléber foi preso através uma ação conjunta entre a PM do município, a Agência de Inteligência de Campos Novos e o Bope do Paraná. Os policiais realizaram quase três horas de campana para conseguirem localizar e prender o suspeito. Ele estaria morando, há cerca de uma semana, no município catarinense.
Relembre o caso
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Cléber tinha um mandado de prisão em seu nome, expedido pela Comarca de Guarapuava. De acordo com informações apuradas pelo jornalismo da Rádio Simpatia, de Campos Novos, Cléber foi abordado em uma das avenidas do município quando estava em veículo GM/Astra, com placas de Quedas do Iguaçu. Junto com ele foram localizadas seis munições calibre .38 intactas. Quando fugiu da cena do crime em Guarapuava, Cléber fugiu do local em um Hyundai/Azera preto.
SUSPEITA PARENTESCO
Com a prisão de Cléber, levanta-se a hipótese de que os três traficantes envolvidos no crime em Guarapuava sejam da mesma família. O suspeito que foi preso em Santa Catarina possui o mesmo sobrenome de um dos traficantes mortos no tiroteio na rodoviária: Joceli Prado da Silva, que era natural de Coronel Vivida, mas vivia em Quedas do Iguaçu.
O outro envolvido é Leonardo Felipe Rieger, que era natural de Quedas e vivia em Foz do Iguaçu. Apesar de não ter o mesmo sobrenome de Joceli, informações extraoficiais indicam que eles seriam pai e filho. A polícia não confirma se todos os envolvidos têm parentesco.
POLICIAL MORTO
O policial morto no confronto em Guarapuava era Adriano Andrigo Pires, de 28 anos. Ele estava em Guarapuava junto com uma equipe descaracterizada do Bope investigando um carregamento de drogas.
De acordo com informações do 16º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava, o alvo dos policiais do Bope era uma mulher, que não teve a idade revelada. Eles deveriam encontra-la no estacionamento da rodoviária. No entanto, Adriano e o policial que o acompanhava foram surpreendidos por três homens, que chegaram no local em um Azera preto.
Informações extraoficiais indicam que dos três traficantes, dois teriam entrado na viatura descaracterizada de Adriano. Neste momento é que o confronto teria se iniciado. A polícia ainda não confirma esta versão.
Policiais do Bope, do Choque e da PM de Guarapuava, que estavam à paisana no local, deram suporte à ação logo após o início do confronto.