22/08/2023
Guarapuava Segurança

Fragilidade da Cadeia preocupa moradores vizinhos

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Da Redação

Guarapuava –  O “barril de pólvora” no qual se transformou a Cadeia Pública de Guarapuava preocupa moradores do entorno da 14a. Subdivisão Policial. O quadro se agravou com a fuga que ocorreu na sexta feira (26). (Leia aqui).

“A gente convive com o medo diariamente. Nunca sabemos o que vai acontecer, porque quando há fuga, eles [fugitivos] geralmente descem correndo em direção ao Parque do Lago”, comenta uma das moradoras. “Na última fuga, por volta das 16 horas foram disparados muitos tiros na rua. Que tal se uma bala perdida atinge um inocente?” questiona uma comerciante.

Esse temor se estende por outras pessoas entrevistas pela RedeSul de Notícias. Todas temem represálias e pediram para não serem identificadas.

Outro denominador comum entre os vizinhos da cadeia é o local inapropriado. “Aqui é centro da cidade e há muitas moradias. Não serve mais para sediar um cadeião”, observa um aposentado.

A atual estrutura física da 14a. SDP, que abriga a Cadeia Pública de Guarapuava, foi inaugurada em 1983, segundo placa existente no corredor da unidade. Antes, a cadeia funcionava em prédio antigo onde hoje está o Instituto Médico Legal (IML).

O anexo junto a 14a. SDP, tem capacidade para abrigar 166 presos, porém, está com perto de 400. Por conta das precárias condições da estrutura física e da superlotação a cadeia está interditada. A transferência gradativa de presos, condenados e à espera de julgamento, são exigências da Vara de Execuções Penais (VEP). De acordo com o delegado-chefe, Rubens Miranda, a única solução é a construção de uma nova unidade. Uma solução imediata para desafogar as celas, segundo Miranda, seria a colocação de tornozeleiras eletrônicas e, posterior, a liberação de presos que cometeram delitos simples. “Não é o ideial, mas ajuda”. 

Cristina Esteche

Jornalista

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