Funcionalismo público tem pouco para comemorar

Nesta quinta-feira (28) o calendário brasileiro registra como sendo a data destinada ao funcionalismo público. Como qualquer data festiva, o dia seria para comemorações, mas para os servidores públicos municipais é mais um dia para relembrar a falta de valorização da categoria. Sem reposição salarial há praticamente cinco anos as perdas já somam mais de 40%, de acordo com números do Sindicatos do Funcionários Públicos e Professores Municipais (Sisppmug). Por falta de luta por parte da entidade é que não é. Várias mobilizações já foram feitas, greves foram realizadas, mandando de segurança foi impetrado em 2009 e ainda tramita na Justiça, sem surtir qualquer efeito.

"O prefeito (Fernando Ribas Carli) nos trata com descaso", disse a presidente do Sindicato Clair Simões. Nas várias tentativas de negociações junto a uma comissão de representantes do prefeito, não há avanços para o servidor, embora pesquisa feita pelo Dieese a pedido do Sindicato tenha comprovado que há limite prudencial para a reposição. A comprovação, porém, é contestada pelo prefeito que, num descaso, mandou um recado ao Sisppmug. O dinheiro que poderia servir para a reposição dos trabalhadores foi gasto em "outras coisas".

Se o trabakhador que presta serviços ao município "amarga" a defasagem salarial, em contrapartida, há assessores, os chamados "especiais de gabinete" que recebem perto de R$ 5 mil por mês para atividades de cinco horas diárias.