Após assembleia na tarde desta quinta feira (13), funcionários do Hospital Santa Tereza, em Guarapuava, optaram por dar mais um voto de confiança para a administração da instituição. Indo compra especulações, a categoria não deliberou greve nem estado de greve. No encontro, ficou definido que a equipe aguardará a regularização dos pagamentos até a próxima segunda (17).
De acordo com Alcione de Jesus Domingues, presidente do Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Guarapuava, cerca de 180 dos 400 funcionários participaram da assembleia realizada hoje (13). O responsável pelo setor financeiro do HST, Vitor Brzezinski, também participou do encontro.
“Ele explicou o que está ocorrendo e nós optamos por não deliberar a greve. Todos ali querem trabalhar e entendem o quanto comprometeria a saúde do município e da região”, explicou Alcione.
Ainda de acordo com Alcione, Vitor informou durante a assembleia que até o início da semana que vem os pagamentos devem ser realizados. Em setembro, os salários deveriam ter sido realizados no dia 6. Após, eles foram postergados para o dia 11. Agora, recebem a nova previsão de serem realizados até o dia 17. Desde que a crise financeira do HST se agravou, esta é a segunda vez que os salários dos funcionários atrasam. Em agosto, além do atraso, os valores foram pagos em duas parcelas.
OS ATRASOS
Os dois atrasos de pagamentos, em agosto e setembro, ocorreram, segundo a administração, por motivos diferentes. No primeiro caso, na época, o HST alegou falta de verba. Esse problema foi contornado logo após os funcionários sinalizarem possibilidade de greve.
No caso dos atraso deste mês, setembro, na avaliação da administração, o problema foi causado por situações que teriam fugido do controle da instituição. Na semana passada, em entrevista ao Portal RSN, o coordenador de gestão de pessoas do HST, Paulo Roberto dos Santos, explicou o motivo dos pagamentos terem sido previstos para terça (11).
“Neste mês, quando chegou o valor de R$ 1,1 milhão do governo, nós recebemos o montante, só que como ele estava prefixado com um empréstimo que nós tínhamos, a instituição financeira que recebeu o valor, em vez de nos liberar, reteve o dinheiro. E foi isso que nos travou nos pagamentos deste mês”, explicou. Para prever os pagamentos para terça (11), o hospital precisou iniciar um novo empréstimo, porém, um segundo imprevisto ocorreu em seguida.
“Neste tipo de operação, há uma propriedade que é usada como garantia junto a instituição financeira que nos atende. Essa propriedade, no entanto, está no nome de uma pessoa que já faleceu, então o banco não aceitou o nome de parentes no documento para validar a propriedade como garantia frente ao empréstimo. Com essa recusa, nós precisamos ir atrás de todos os herdeiros da propriedade, para que assinem o documento e autorizem a entrada da propriedade em questão como garantia. Só assim o valor contratado para os pagamentos será liberado”.