A semana nos traz notícias de uma possível fusão entre PSD e PSDB. Entretanto, essa possibilidade pode somar ou dividir, uma vez que apresenta desafios e oportunidades com impactos significativos no cenário político nacional e estadual, especialmente no Paraná. A articulação liderada por Gilberto Kassab (PSD) e Marconi Perillo (PSDB) pretende fortalecer a presença eleitoral e garantir competitividade para 2026. Entretanto, enfrenta entraves relacionados à divisão de poder, candidaturas e reorganização interna.
No Paraná, o equilíbrio de forças entre Ratinho Junior (PSD) e Beto Richa (PSDB) será determinante para evitar atritos. Esse dilema também ocorre em outros estados, onde a liderança será definida com base na bancada federal, o que pode gerar resistências. Entretanto, a entrada de Beto Richa aumentaria a bancada federal do PSD. Todavia, também criaria disputas internas, sobretudo em torno da candidatura ao governo estadual, que ainda carece de definição. Nas hostes ‘tucanas’ o senador do Partido, Plínio Valério (PSDB-AM), único representante do partido no Senado, declarou ontem (27) que pode deixar a sigla caso seja confirmada a fusão ou incorporação com o PSD, presidido por Gilberto Kassab (PSD). “Se tiver a fusão ou a incorporação, não teria como ficar”, afimou à imprensa nacional.
E tem mais. O gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e Ratinho Junior (PSD) disputam a liderança para 2026. Embora a ideia de definir o candidato pelas pesquisas seja pragmática, há risco de insatisfação. Especialmente se a base de um dos partidos se sentir marginalizada.
OPORTUNIDADES E ESTRATÉGIAS
Em contrapartida essa fusão traz oportunidades e estratégias. Uma delas é que a fusão criará uma sigla mais robusta, aumentando o peso político e acesso a recursos. Essa somatória acaba consolidando uma base eleitoral ampla e competitiva. Numa definição antecipada de estratégias prevê uma possível reorganização de lideranças, como a reforma do secretariado no Paraná, permitirá ajustes estratégicos para as eleições de 2026.
A possibilidade que se consolidada pode favorecer a escolha de nomes fortes para disputas estaduais e nacionais. Além disso, a unificação em torno de projetos presidenciais vai precisar de uma harmonização entre os interesses de Ratinho Junior e Eduardo Leite. Se isso ocorrer pode evitar rupturas, desde que haja clareza e equilíbrio no processo decisório. Bem, arrisco dizer aqui numa visão crítica que embora a fusão tenha potencial para consolidar forças políticas e viabilizar projetos de longo prazo, o sucesso dependerá da capacidade das lideranças de gerir conflitos internos e de equilibrar interesses regionais.
No Paraná, o desafio será acomodar figuras influentes como Ratinho Junior e Beto Richa sem comprometer a unidade do novo partido. A resolução de questões-chave, como a candidatura ao governo estadual e a liderança presidencial, será decisiva para evitar divisões e consolidar a fusão como um movimento estratégico de fortalecimento político.
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