Guarapuava – Agentes do GAECO Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Núcleo Guarapuava, que é ligado ao Ministério Publico do Paraná, com apoio de Policiais Militares do 1° Batalhão de Ponta Grossa, Receita Estadual e Vigilância Sanitária, cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa, em continuidade as ações da Operação Transparaná, deflagrada ao longo deste mês.
Em Ponta Grossa, quatro empresários do ramo farmacêutico foram detidos, sob a acusação de receptação de mercadorias roubadas e formação de quadrilha.
Os mandados foram cumpridos em três farmácias na região central de Ponta Grossa e nas residências dos empresários envolvidos no esquema, nos bairros de Oficinas, Uvaranas e Santa Paula. Além de medicamentos foram apreendidas duas armas de fogo, sendo uma de uso restrito, uma pistola espanhola 9mm e um revólver calibre 38, além de munições.
O tenente Marcelo Veigantes, coordenador operacional do GAECO, revelou que as investigações ocorriam há cerca de um ano e a quadrilha tinha ramificações em várias cidades do Paraná, entre elas Curitiba, Guarapuava, Prudentópolis, Irati, entre outras, “esta é uma das maiores quadrilhas de roubo e receptação de mercadorias, já identificadas no estado do Paraná, o esquema envolve outras pessoas e ainda mais ilícitos serão apurados, e nós estamos trabalhando para desmantelar completamente o bando”, adiantou.
As ações da quadrilha eram focadas não só em roubo de cargas de medicamentos, mas também de mercadorias como pneus, calçados, cosméticos, equipamentos eletrônicos e hospitalares. “Em Ponta Grossa identificamos que o esquema forte era com medicamentos”, reforça. Revelou ainda que na quinta-feira, foram cumpridos ainda 4 mandados de busca e apreensão em Irati.
Os roubos da quadrilha somam mais de R$ 4 milhões.
De acordo com o Núcleo de Guarapuava do GAECO, a prisão dos receptadores foi um desdobramento da Operação Transparaná, que no dia 13 de maio culminou com a prisão de seis pessoas e no cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão na capital e na Região Metropolitana de Curitiba. Conforme estima o MP, os roubos do bando já constatados superam R$ 4 milhões.
A maioria dos medicamentos recuperados em Ponta Grossa, foram encontrados escondidos na residência de um dos empresários e somam mais de R$ 300.000,00, em mercadorias, sendo identificadas entre estas mercadorias quatro vitimas, todas distribuidoras de medicamentos, instaladas no estados do Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.