O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta quarta (3), a ‘Operação Regalia’. A operação apura a prática dos crimes de organização criminosa, peculato, concussão, falsidade ideológica, facilitação à fuga, usurpação de função pública e estelionato.
De acordo com o Ministério Público, policiais civis, um agente penitenciário e um preso possivelmente cometeram os crimes. Todos da delegacia de Polícia Civil de Quedas do Iguaçu. Houve o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, seis de prisão preventiva e um de afastamento da função pública. Entre os presos, estão o delegado de polícia civil, um escrivão de polícia, um agente penitenciário e dois investigadores.
As ordens judiciais, expedidas pelo Juízo de Quedas do Iguaçu, estão sendo cumpridas em Francisco Beltrão, Capitão Leônidas Marques, Quedas do Iguaçu e Cascavel. Contudo, a Corregedoria da Polícia Civil, da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel e da Promotoria de Justiça de Quedas do Iguaçu apoiam a operação.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com a apuração, os policiais investigados, frequentemente na companhia do preso “de confiança” e de um agente penitenciário lotado no local, abordavam agricultores e empresários da Região. Além disso, conforme o MP, ao informá-los que estariam cometendo crime ambiental, recolhiam madeiras e baterias das máquinas agrícolas.
Na delegacia de polícia, um preso atendia as vítimas. Ora, o preso se passava por fiscal do Ibama, ora por policial civil. Ele exigia valores em troca da não instauração de investigação. Ou ainda para devolver bens apreendidos. Desse modo, todos os atos supostamente praticados, tinham a anuência e beneficiava os demais investigados.
Conforme o MP, o preso que atuava no grupo foi requisitado irregularmente de outro presídio, com o objetivo de operacionalizar os crimes cometidos pela organização criminosa na Região. Ele tinha inclusive, uma arma de fogo para uso nas diligências externas. O mandado de segunda prisão contra o preso “de confiança” não foi cumprido porque ele fugiu da delegacia há uma semana. A medida de afastamento foi decretada contra uma investigadora.
NOVAS VÍTIMAS
Assim sendo, até esta sexta (5), o Gaeco receberá novos relatos de vítimas do grupo criminoso em Quedas do Iguaçu. Após essa data, a sede do Gaeco em Francisco Beltrão receberá as denúncias, além das Promotorias de Justiça de Quedas do Iguaçu.
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