Gaeco retoma atividades sem equipe para trabalhar

O primeiro dia do retorno de férias do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) em Guarapuava é de indefinição quanto ao futuro do órgão. Ligado ao Ministério Público, o setor investigativo está prestes a fechar as portas no Paraná. A decisão será definitiva,  caso a queda de braço entre o secretário de Segurança Pública, Cid Vasques, e o MP não tenha um novo entendimento. O secretário, que está licenciado do MP para ocupar o cargo, defende a implantação de um rodizio de policiais a cada ano. O MP não aceita essa proposta e se insurge pedindo a reincorporação de Vasques ao MP, sob a pena de perder a função.

Nessa briga quem sai prejudicada é a sociedade, já que sem policiais de confiança e que atuem por tempo indeterminado, as investigações estarão impossibilitadas de acontecerem.

Em Guarapuava, por exemplo, o Gaeco retorna das férias com apenas um investigador, além do promotor e de uma assessora.  O investigador deixa a função no dia 31 de março. “Estamos assoberbados de serviços com documentação do caso da Prefeitura que precisará ser analisada após o retorno da auditoria do MP e caso haja pedido de nova investigação isso será afetado porque não haverá equipe”, disse uma fonte do Gaeco. Assim como esse caso específico, novas investigações deixarão de serem realizadas. “Estamos com os pés e as mãos amarrados. Não sabemos qual será o futuro do Gaeco”.