Guarapuava – CrossFire, Counter-Strike: Global Offensive, Zula e Blood Strike. Estes são alguns dos jogos de tiro mais populares da atualidade e que ganham espaço no canal da Elisa Seidel, mais conhecida como ElisaGamer no YouTube. Por lá, a jovem está na mira de quase 100 mil inscritos, que acompanham as suas gameplays divulgadas semanalmente no canal.
Morando em Guarapuava para completar seus estudos em Publicidade e Propaganda, Elisa entrou no mundo dos games quando ainda era criança, influenciada pelo vício em jogos do irmão mais velho.
“Quando criança já era apaixonada e viciada em jogos. Adorava sair com os amigos em lan house e passar tardes jogando. Tenho um irmão mais velho que desde criança também jogava, como qualquer irmã mais nova admirava tudo que ele fazia e jogar era uma dessas coisas, então sempre pedia sua ajuda para me ensinar a jogar e foi através dele que acabei me apaixonando por esse mundo dos games”.
Criado em setembro de 2014, o canal ElisaGamer reúne hoje 91 mil inscritos. Somados, seus vídeos já foram vistos mais de 3 milhões de vezes.
“Com o tempo minhas visualizações foram aumentando e os inscritos cresceram. Os comentários nos vídeos eram sempre positivos e me motivando para continuar. Foi assim que percebi que eles gostavam do que eu fazia e iriam me acompanhar”.
Pela correria da vida universitária, Elisa precisa adaptar a produção e publicação de seus vídeos de acordo com o tempo que ela tem para gravar. Hoje seu canal recebe, em média, duas atualizações por semana.
MACHISMO NA MIRA
Junto com Elisa, as mulheres representam hoje 53,6% do total de jogadores de eletrônicos no Brasil. O número foi divulgado em abril deste ano na pesquisa Game Brasil 2017. Porém, apesar de serem maioria, mulheres ainda sofrem com o machismo no mundo gamer.
Segundo Elisa, apesar de o número de mulheres ser expressivo no mundo dos games, o cenário não é 100% receptivo a participação delas.
“Algo que pude perceber com o tempo é a diminuição desses jogadores com o pensamento tão fechado e machista. Porém, por mais que os índices de preconceito, machismo e sexismo dentro dos jogos tenha diminuído, ainda não acabou. É muito comum se deparar com comentários como ‘vai lavar uma louça’, ‘lugar de mulher não é nos jogos’, e diversos outros comentários mal intencionados”.
Apesar do posicionamento negativo na maioria dos casos, no canal de Elisa, o público parece ir na contramão de pensamentos machistas.
“Em relação ao meu público do canal, não recebo muitos desses comentários, pois noto que recebo um carinho enorme deles. Vejo que quem me acompanha, realmente é porque gosta do canal e do conteúdo criado. Muitos apoiam uma garota gravando vídeos de algo que eles tanto gostam”.