22/08/2023
Geral Guarapuava

Gilmar Mendes decide que Carli Filho deve ir a júri. Mas ainda cabe recurso

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Da Redação, com CBN

Curitiba – O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, relator do caso Carli Filho na Corte, decidiu que o ex-deputado estadual do Paraná deve ser julgado pelo Tribunal Popular. A decisão é do dia 3 de maio, mas foi divulgada apenas na noite dessa quinta feira (11).

No pronunciamento de doze páginas, Gilmar Mendes lembrou de todos os recursos apresentados pela defesa de Luiz Fernando Ribas Carli Filho ao STF e em outras instâncias, e negou o prosseguimento dos recursos que ainda tramitavam no Supremo.

Os recursos tentavam anular provas coletadas pelo Ministério Público do Paraná e questionavam a própria validade do julgamento.

O relator afirma que todas as provas colhidas até agora são suficientes para indicar que Carli Filho é autor dos crimes de que é acusado. O que justifica segundo Gilmar Mendes, que o caso pode ir a júri. O ministro afirma ainda que questionamentos e análises mais detalhadas das provas cabem ao Tribunal Popular. Ele argumenta que o ex-deputado deve ser julgado por duplo homicídio com dolo eventual.

Por fim, ele sugere que o caso retorne ao tribunal de origem – o Tribunal de Justiça do Paraná – para dar seguimento ao processo.

A defesa de Carli Filho ainda pode recorrer, mas neste caso teria que provar que Gilmar Mendes violou a constituição. O que é pouco provável.

E AGORA?

O Habeas Corpus da defesa de Carli que seria analisado ontem (11) pelo Supremo é aquele que defendia que o caso só poderia ir à júri após a tramitação de todos os recurso. É o que fez nessa decisão publicada ontem do relator do caso. E Gilmar Mendes negou todos eles.

Segundo o advogado Elias matar Assad, que defende a família de uma das vítimas do acidente, é só uma questão de tempo para que o Supremo despache o caso de volta para o Paraná e o júri possa ser marcado, mais uma vez.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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