Gilson Amaral cobra investigação sobre e-mail e matéria no Tin-Tin

Guarapuava – O e-mail encaminhado ao presidente da Câmara, Admir Strechar (PMDB) ontem e que acabou sumindo na tarde de ontem, dia 21, foi a base do pronunciamento “apimentado” do vereador Gilson Amaral (DEM-foto) na sessão desta terça-feira. O e-mail estava assinado pelo radialista Roberto Lobo que nega qualquer possibilidade dessa ação.
Gilson desafiou que o chamado G-8, bloco de oposição composto pelos vereadores Antenor Gomes de Lima (PT), Admir Strechar (PMDB), João Napoleão (PSDB), Nélio Gomes da Costa (PSDB), Eva Schran (PHS), Sadi Federle (PSB), Thiago Cordova (PPS) e pelo próprio Gilson Amaral, entrasse com representação junto à Polícia Federal para descobrir a autoria do e-mail.
O democrata colocou essa situação sob a pena de deixar de compor o G-8 e voltar a ser independente.
Segundo o vereador, que teve acesso ao conteúdo da mensagem eletrônica, o texto “nem tanto” o atinge, mas, com maior rigor aos outros vereadores da oposição ao prefeito Fernando Ribas Carli.
“A Câmara não exerce sua função na sua totalidade e deixa de existir por vários fatores que tem acontecido. A Câmara perde o seu valor quando fica somente na discussão”, observou o vereador.
Gilson Amaral cobra uma atitude mais drástica em relação a esse fato e também contra matéria publicada no jornal Tin-Tin recentemente e cujo teor dá a atender que vereadores dividem salários com assessores.
Líder da oposição na Câmara, Antenor Gomes de Lima (PT)lamentou e disse que as cobranças do democrata tem o seu apoio e o fez como líder do G-8, “se é que este ainda existe”. Antenor, porém, disse que os argumentos de Gilson Amaral são “débeis e frágeis” na medida em que condiciona a sua permanência no bloco de oposição à elucidação de um e-mail. “A internet existe para democratizar a informação e conteúdos existem de todas as formas. Eu não me preocupo com isso, mas o senhor está buscando uma desculpa para sair do grupo. O G-8 é um grupo de oposição e não é por conta de e-mail que ele (o grupo) vai perecer”, afirmou.
Gilson Amaral revidou e disse que débil e frágil é um grupo que não toma medidas que deveriam ser tomadas e ratificou a sua permanência ao dizer que ainda pertence ao G-8, mas mantém a sua cobrança de que a assessoria jurídica da Câmara precisa apurar os fatos mencionados. “Não vou permitir que fiquem falando de mim em blogs e em e-mails quando estamos trabalhando. Se a presidência da Câmara não tomar uma atitude quem tomará sou eu”, anuncia.
O vice-presidente da Câmara, João Napoleão que exercia a presidência da sessão no momento, disse que a assessoria jurídica já está tomando as medidas cabíveis aos dois casos citados.