22/08/2023

Gilvan e Adelmo passaram 100 dias entre céu e mar

Os prefeitos do Brasil comemoram hoje (10) um número considerado divisor de águas das administrações municipais: 100 dias de governo.

Para marcar a data, eles estão abrindo as portas das administrações e os seus corações para mostrar o planejamento ou os resultados práticos dessas conquistas.

Quase todos. Em Prudentópolis, não há muito para comemorar nesses 100 dias.

Obras paradas, material de construção abandonado pelas calçadas no centro da cidade, asfalto se desmanchando, estradas e pontes do interior em situação crítica, e, o principal, sem anuncio de boas perspectivas.

Comparo os primeiros 100 dias desta gestão de Gilvan Agibert (PPS) e Adelmo Klosowski (PR) ao livro “100 dias entre céu e mar”, do navegador Amy Klink

“Navegando ao lado dos peixes, entretendo conversas com gaivotas e tubarões, remando no meio de uma creche de baleias, ´Cem dias entre céu e mar´ é o relato de uma travessia considerada incomum – mais de 3500 milhas (cerca de 6500 quilômetros) desde o porto de Lüderitz, no sul da África, até a praia da Espera no litoral baiano, a bordo de um pequeno barco a remo. Amyr Klink busca transportar o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice de suas alegrias e seus temores, ao mesmo tempo em que se propõe a narrar, passo a passo, os preparativos, as lutas, os obstáculos e os presságios que cercaram a viagem.”

Tudo bem, mudam as gaivotas e os tubarões com os quais Gilvan e Adelmo têm conversado. Porém, nesses 100 primeiros dias de administração, foi somente isso: ELES NAVEGARAM E PASSARAM PELOS 100 DIAS. Não deixaram marcas ou feitos. Apenas passaram.

Isso é lamentável. Quanto um administrador público perde a esperança e não acredita mais nele mesmo e na sua equipe, algo esta errado. É hora de uma reflexão profunda. É hora de mudanças drásticas, pois o povo não pode pagar ou sofrer pela incompetência administrativa de dois gestores públicos.

Esta na hora de Gilvan e Adelmo descerem do barco e ouvirem o povo. Mas não só ouvir, principalmente ATENDER o povo.

Os 100 dias passaram em branco, mas a administração ainda está no início. É hora de virar a mesa e mostrar a que vieram. Chega do jeito “vamos ver” de administrar. É hora de efetivamente administrar COM e PARA o povo. Pois o povo está cansado e promessas vazias.

Vamos ao trabalho, então! Ancorem o barco, esqueçam os 100 dias e mãos à obra.

E o povo? Bom, o povo…

Cristina Esteche

Jornalista

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