A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo foram absolvidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após serem acusados por corrupção passiva, ou seja, receber dinheiro em troca de favores, e lavagem de dinheiro. A acusação havia sido feita pelo doleiro Alberto Yousseff e corroborada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. A maior prova era a agenda de Costa, na qual estava anotado ‘1,0 PB’ — que significaria R$ 1 milhão para Paulo Bernardo. O relator, Edson Fachin, considerou que os procuradores não comprovaram com evidências documentais as acusações dos delatores. Ele achou, porém, que era possível condenar o casal por falsidade ideológica para fins eleitorais — ou seja, receber dinheiro para a campanha e não registrar, o chamado Caixa Dois. O decano da Corte, Celso de Mello, concordou. Eles compreenderam que o dinheiro havia entrado na campanha, apenas não era possível afirmar que algo havia sido feito em troca. Entretanto, Dias Toffoli, Lewandowski e Gilmar Mendes, não viram prova alguma.
LULA
A mesma Segunda Turma avalia, na próxima terça (26), um pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-presidente Lula. Os advogados pedem que Lula aguarde em liberdade os recursos no STJ e no próprio STF e que sua inelegibilidade pela Lei da Ficha Limpa seja suspensa.