22/08/2023
Política

Gleisi pede para que não politizem Paranaguá

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A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann pediu para que a questão do arrendamento de áreas do Porto de Paranaguá não seja politizada. O pedido foi feito numa reunião que ocorreu nesta quinta-feira (10) em Brasília com representantes de diversos setores empresariais e do governo do Paraná. “Estamos tratando Paranaguá como todos os portos brasileiros e o que queremos é que a produção do país não fique limitada pelo gargalo logístico”, afirmou Gleisi. Ela garantiu que as discussões sobre porto são técnicas, segundo informou a Agência de Notícias Pr.

Os estudos para o arrendamento de áreas portuária no Porto de Paranaguá foram apresentados em Curitiba, em 27 de setembro, e colocadas na sequência para consulta pública pelo período de 30 dias. Após isso, seguiu-se uma reação política de setores do empresariado paranaense e representantes do Porto e do governo estadual contra a proposta para Paranaguá e ameaçaram entrar com ação na Justiça. Gleisi salientou que “foi muito ruim a ameaça de judicialização” já que os estudos estão em consulta pública com o objetivo de colher contribuições e sugestões para o aperfeiçoamento do projeto antes de ir a leilão.

Gleisi destacou as três premissas que o governo federal trabalha na concessão dos portos – modelo não focado em arrecadação, escala para alcançar competitividade e ser um sistema complementar em relação aos demais modais de transporte. “Estamos com a visão de integrar a logística do país”. “Se o Brasil vai bem, o Paraná vai bem, São Paulo vai bem, Mato Grosso e todos os demais estados”, ponderou a ministra.

Para a ministra, a viabilidade econômica do modelo de portos é “fundamental para o futuro e a adequação tem que ter muita clareza pra não prejudicar o investidor na capacidade futura do porto”. Gleisi também destacou que a reunião foi um “rico momento” para fazer interação com os representantes da produção e do porto. A ministra ainda ressaltou o compromisso do governo federal de fazer as adequações técnicas e estudar as sugestões apresentadas. “O que queremos é que as limitações de capacidade do porto sejam superadas”, completou.

Participaram da reunião junto com a ministra, o Ministro da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, o Ministro da Secretaria Especial de Portos, Antônio Henrique Silveira, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovki, o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campgnolo, o representante do Fórum Futuro 10 Paraná, Rogério Mainardes, o presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, o superintendente da Appa, Luiz Dividino e o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

Cristina Esteche

Jornalista

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