A senadora Gleisi Hoffmann (PT), em nota, questiona como um processo que corre em segredo de justiça tem um suposto relatório vazado para a imprensa? A revista Veja, que foi a primeira a divulgar as informações, envolve a senadora e o advogado Guilherme Gonçalves. Segundo a matéria divulgada no site da revista, o escritório de Guilherme teria intermediado os pagamentos de R$ 885 mil, oriundos de esquema de corrupção em supostas fraudes em empréstimos consignados aos servidores públicos federais, relacionado à Operação Custo Brasil, um desdobramento da Operação Lava Jato.
De acordo com o documento, inicialmente divulgado no site da revista Veja, as investigações apontaram pagamentos e movimentação de valores ligados a Gleisi em um esquema que envolve a empresa Consist.
Segundo o relatório apresentado pelo delegado da Polícia Federal, Ricardo Hiroshi Ishida, os valores podem ser enquadrados nos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
A Polícia Federal aponta que o esquema criminoso envolvendo a Consist, teria desviado cerca de R$ 100 milhões quando Paulo Bernardo, esposo da senadora, era ministro do Planejamento, cargo que exerceu entre 2005 e 2011.
“Como que esse suposto relatório vaza sem que isso seja do meu conhecimento ou da minha defesa? Com que objetivo?”.
A senadora, que também é presidente nacional do PT, assegura que nunca recebeu dinheiro ilegal para ela ou para campanhas eleitorais, e que nunca teve contas pagas por terceiros. A nota diz também que “a investigação se arrasta há dois anos e meio e não concluiu nada” e que são insinuações levianas, “que remetem a terceiros, ao invés de sustentar acusações concretas”. Ao final da nota, Gleisi lamenta que “esteja sendo mais uma vez vítima de calúnias e de perseguição político-judicial-midiática”.