Duas pessoas presas preventivamente e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça (1) em Guarapuava. De acordo com o delegado da seccional de Presidente Wenceslau (SP), Sthefano Rabecini, 53 policiais chegaram à cidade na noite dessa segunda (30). Assim, a partir das 6h de hoje saíram para cumprir ordens judiciais.
Conforme o delegado, trata-se da operação Engodo que investiga estelionatos cometidos contra prefeituras, assembleias legislativas, usinas, universidades em São Paulo e outros estados brasileiros. Além de empresários e políticos, as vítimas também são operadoras de telefonia.
De acordo com Rabecini, no Paraná, ainda não há informações sobre vítimas do golpe. Porém, os indícios apontam que Guarapuava seria a base dos estelionatários.
Apesar dos golpes serem aplicados em várias partes do país, os golpistas utilizavam apenas notebooks e aparelhos celulares. Assim, a ponta do iceberg foi identificada a partir da prisão de um dos estelionatários em setembro do ano passado em Santa Catarina. “Foi a partir da conta de uma prefeitura da nossa seccional que descobrimos o esquema”.
A LOGÍSTICA
O delegado Sthefano Rabecini descreveu o esquema como sendo ‘inteligente’. Conforme o policial, os suspeitos abriam empresas fictícias e contas bancárias com documentos falsos. “Eles entravam em contato com as vítimas por telefone. Ofereciam vantagens dizendo que a fatura (verdadeira) estava com erro e que outra seria reenviada, por e-mail, e com desconto”. Com o passar do tempo, segundo o delegado, as vítimas passavam a confiar e a pagar, lesando operadoras e sendo lesadas. “Teve uma prefeitura que ‘pagou’ as contas durante um ano”.
Outro cuidado tomado pelos golpistas é que eles nunca se falavam entre si, por celular. E que o aparelho usado para a fraude não eram da mesma operadora que emitiam as faturas “Todos se identificavam como sendo representantes do setor corporativo das operadoras”.
Assim, em oito meses de investigação, a polícia já identificou uma soma de R$ 927 mil em faturas emitidas. Entretanto, ainda não há confirmação se todo esse valor foi recebido pelos estelionatários.
Embora o que tinha para ser feito em Guarapuava já está concluído, as investigações estão apenas começando, segundo o delegado. “Vamos encaminhar os dois suspeitos para o sistema prisional em São Paulo para ver se colaboram. Aqui eles não estão querendo colaborar.”
Conforme o delegado, ambos são reincidentes no mesmo golpe, porém, tinham sido presos, mas separadamente.
ALERTA
Para evitar qualquer transtorno o delegado Sthefano Rabecini orienta os usuários de telefonia celular. “Para se ter a garantia da autenticidade da fatura utilize apenas os aplicativos das operadoras”.
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