Governador repassa à União os dois primeiros lotes de rodovias

Governador repassa à União os dois primeiros lotes de rodovias (Foto: Reprodução/Aen)

Dois dias após retornar de Brasília, o governador Ratinho Junior (PSD) anuncia para amanhã, sexta (3), a vinda do ministro dos Transportes, Renan Filho. A viagem do ministro ao Paraná marca o começo do processo da nova concessão do pedágio.

É que às 10h, no Palácio Iguaçu, os dois assinam a transferência do controle de parte das rodovias paranaenses ao Governo Federal. Essa etapa é obrigatória para dar continuidade ao processo. Inicialmente, são pouco mais de 1 mil quilômetros de rodovias, divididos em dois lotes.

De acordo com o Governo do Paraná, o lote 1 possui extensão total de 473,01 km. Nesse trecho estão as ligações entre Curitiba e Guarapuava (Trevo do Relógio) e Guarapuava a Ponta Grossa, além da Região Metropolitana de Curitiba. Já o lote 2 soma 600 km, entre Curitiba-Litoral, Ponta Grossa-Jaguariaíva, Jaguariaíva-Ourinhos (na divisa com São Paulo) e Ourinhos-Cornélio Procópio.

Esse repasse, no entanto, não influencia no impasse sobre a nova modelagem do pedágio. Portanto, a ‘queda de braço’ entre a Frente Parlamentar que trata do assunto e o governador Ratinho Junior continua. Conforme o presidente da Frente na Alep, Arilso Chiorato (PT), o ofício tramita no Governo Federal.

Assinado por Chiorato, Luiz Claudio Romanelli (PSD), Evandro Araújo (PSD) e Tercílio Turini (PSD), o documento sustenta que as proposições atendem ao interesse público, protegem os usuários, garantem a execução das obras e asseguram a competitividade econômica do Paraná. O documento de 14 páginas defende o fim do Aporte Financeiro ou qualquer outro instrumento que iniba a concorrência.

DEFESA DO MODELO ATUAL

Entretanto, nessa quarta (1º), Ratinho Junior esteve na capital federal. Conforme a Frente, foi para defender a atual modelagem do pedágio, que será 10.52% mais cara que a última logo nos primeiros anos. De acordo com Chiorato, a oposição, assim como outros parlamentares, têm lado. “Não aceitamos mais 15 praças, nem uma modelagem que vai repetir os erros do passado, com obras em duplicidade, sem garantias de entrega e tarifas abusivas”.

De acordo com o ministro, no entanto, a concessão do sistema rodoviário do Paraná será definido pelo menor preço de tarifa. “O esforço é manter o cronograma garantindo o leilão por menor preço de tarifa com a garantia de obras que melhorem a infraestrutura de transportes do estado”.

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