22/08/2023
Política

Governo anuncia que não vai pagar emendas propostas por Bernardo Carli e outros deputados

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O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), jogou uma ducha de água fria sobre as emendas de Bernardo Ribas Carli (PSDB) e outros parlamentares que pretendiam inchar o Orçamento do Estado com obras em 2014, ano eleitoral. Em entrevista à Gazeta do Povo na edição desta terça-feira, Traiano deixou claro que o governo não pagará nenhuma das emendas, lembrando que as propostas são de responsabilidade exclusiva dos deputados, sem obrigatoriedade nenhuma por parte do governo.

Bernardo Ribas Carli apresentou emendas que somam quase R$ 40 milhões. A metade seria para a construção do Hospital Regional e para o Centro de Especialidades e também para obras no entorno do campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

O fato é que quase todas as emendas sugeridas ou já estão previstas no rol de obras do governo Beto Richa para 2014 ou são inviáveis economicamente. Os investimentos requerem estudos tanto do ponto de vista técnico como da capacidade de investimento do Estado. O correto seria que o deputado tivesse feito um acompanhamento antecipado junto às equipes financeiras ou fizesse suas escolhas dentro dos programas estabelecidos pelo governo, conforme orientou Traiano.

AÇÃO NULA

Os deputados estaduais apresentaram um total de 1.658 emendas, que, de antemão, já foram rejeitadas, segundo o líder do governo, mesmo antes de o texto final da Lei Orçamentária ser aprovado. “O deputado tem todo o direito de apresentar emendas. Mas já está definido desde o ano passado que o governo não iria reconhecê-las para efeito de pagamento”, afirmou Traiano à Gazeta do Povo.

Segundo Traiano, seria mais viável o deputado ter "adotado" obras diretamente junto ao governo estadual. Para isso, entretanto, não deveria ter entrado com as emendas. Consequentemente, o parlamentar não conseguiu uma coisa nem outra. Restaria-lhe o caminho de se apresentar como “pai da criança” na hora que o governo anunciar uma obra, mas aí chegou tarde demais porque a sua única ação, que foi a emenda, já foi anulada.

Cristina Esteche

Jornalista

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