Bárbara Franco, com APP-Sindicato
O Governo do Estado do Paraná depositou nessa quinta feira (05) o dinheiro que estava devendo às escolas relativo ao Programa Fundo Rotativo. O valor depositado foi de 8 milhões para as escolas (R$ 4 milhões referente a cota de março e os outros R$ 4 milhões referentes às parcelas não depositadas no final de 2014).
De acordo com a App-Sindicato, o governo não teria pago três cotas do Fundo, duas de consumo e uma de manutenção, que é destinado à manutenção e compra de matérias nas unidades.
Para o professor Sérgio Martinhago, diretor do Colégio Estadual Doutor Gastão Vidigal, de Maringá, o não repasse do dinheiro do Fundo Rotativo, de outubro a dezembro de 2014, aprofundou o caos nas escolas. “Terminamos o ano com dificuldades para comprar material de limpeza, de expediente e fazer as manutenções necessárias. Além disso, não foi possível fazer o estoque de materiais, como papel higiênico, para este início de ano”, descreveu. Segundo Martinhago, a situação do CE Doutor Vidigal, que tem 2.600 alunos e 200 educadores, só não ficou pior porque a unidade recebeu o repasse do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do governo federal. “Isso, juntamente com a nossa APMF, nos ajudou muito”, afirmou.
Ainda segundo a APP, durante as negociações com o governo, a direção do Sindicato e os integrantes do Comando Estadual de Greve foram firmes na exigência de que o Estado deveria depositar, o mais rápido possível, o dinheiro que estava devendo às escolas.
De acordo com Sérgio Martinhago, os valores repassados pelo Fundo Rotativo são essenciais para o funcionamento da rede. Ao tomar conhecimento da notícia do depósito, ele comemorou. “Com certeza foi fundamental a nossa pressão para que o governo cumprisse este item. O dinheiro do Fundo é essencial para que a gente possa retomar as nossas atividades”, avaliou.