22/08/2023
Geral

Governo diz que greve está prejudicando entrega da merenda escolar

* Da Redação, com assessoria

O Governo do Paraná diz que a greve dos professores já está prejudicando a logística de distribuição de merenda escolar nos 2,5 mil colégios estaduais.

Em nota da Agência Estadual, a Secretaria de Estado da Educação diz que aguarda o encerramento da paralisação para que o novo calendário escolar possa ser definido. Um milhão de alunos, de 2,5 mil escolas em todo Paraná, estão sendo prejudicados pela greve dos professores. 

A secretária da Educação, professora Ana Seres, vem alertando que os alunos já foram bastante afetados com a primeira mobilização da categoria e que a nova paralisação compromete ainda mais a questão pedagógica, pois o conteúdo precisa ser ministrado de maneira adequada. Os maiores prejudicados são os alunos que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. 

Ainda de acordo com a nota do Governo, aesde que assumiu o cargo, na semana passada, a secretária tem feito um apelo aos educadores, para que retomem as aulas. Considerando o cenário até o momento, terá que ser utilizado todo o recesso de julho (uma semana que havia restado para férias, devido à primeira greve) e parte dos sábados disponíveis. 

“Cada Núcleo Regional de Educação (NRE) tem uma realidade diferente e os detalhes precisarão ser acertados, pois há casos de escolas fechadas, abertas ou parcialmente funcionando. A intenção é encerrar as aulas até 23 de dezembro, mas isso só será possível de definir com precisão após o fim da paralisação”, enfatiza a nota oficial. 

TRANSPORTE E MERENDA

O governo destaca ainda que outro prejuízo com a paralisação é a logística do transporte escolar, realizada por meio de convênios com os municípios. Isso porque os alunos da rede estadual e municipal muitas vezes são transportados nos mesmos ônibus, pois normalmente o calendário de aulas coincide. 

A nota conclui destacando que “também fica comprometida a entrega da merenda. Os agricultores familiares que são fornecedores do Estado estão perdendo a produção, pois os produtos são perecíveis e, com as escolas fechadas, não podem fazer as entregas. Neste ano, a previsão da Secretaria de Estado da Educação é investir R$ 45 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar para a merenda”.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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