Da Redação, com AEN
Curitiba – O Governo do Paraná fez um apelo aos integrantes da APP Sindicato no final da tarde dessa quarta feira (08) para que não ocorra uma greve dos profissionais da Educação no início do ano letivo. O encontro foi realizado com o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, a secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, e o procurador-geral do Estado, Paulo Rosso, que receberam a direção do sindicato dos professores para uma reunião no Palácio Iguaçu, no final da tarde de ontem.
Rossoni fez um apelo aos sindicalistas para que a categoria, que tem assembleia marcada para este sábado (11), não deflagre nova greve, pois mais de 1 milhão de estudantes da rede estadual serão prejudicados. O início das aulas está marcado para o próximo dia 15.
“O Governo não tem como avançar nas negociações. Temos que ter responsabilidade fiscal e orçamentária e não vamos recuar nas medidas que estamos adotando. Tudo que estamos fazendo, em várias áreas, e não só na educação, é no sentido de preservar o pagamento do salário dos servidores públicos”, disse Rossoni.
O secretário disse que o cenário econômico não é bom e a arrecadação do Estado não está se comportando conforme a previsão orçamentária. Ele reforçou, contudo, que as portas continuam abertas, independente da decisão que será tomada pela categoria, para o diálogo com o magistério.
“Se fizerem ou não a greve, nós vamos continuar conversando. Mas greve não traz recurso novo e prejudica muita gente”, ressaltou Rossoni. “Vivemos um momento de crise que exige o sacrifício de todos. Se não seguirmos firmes e determinados podemos cair na irresponsabilidade fiscal”, completou.
Rossoni afirmou que os prefeitos paranaenses também estão preocupados com a possibilidade de greve em razão do gasto com o transporte escolar, que pode aumentar caso haja paralisação neste momento e o ano letivo seja alongado. “Por isso, o apelo é em nome dos paranaenses”, disse o chefe da Casa Civil.
A secretária Ana Seres reforçou que as medidas tomadas pelo governo em relação à distribuição de aulas e à hora-atividade têm amparo legal. Ela destaca que as duas greves de 2015 geraram prejuízo próximo aos R$ 100 milhões aos cofres públicos. “Mas a maior preocupação é com o pedagógico, com nossos estudantes”, disse.