O governo do presidente Jair Bolsonaro está fazendo um desmonte no Ministério da Saúde em meio à pandemia do novo coronavírus. De acordo com publicação no Diário Oficial da União, edição desta sexta (22), novas exonerações atingem o Ministério da Saúde. Porém, traz também exoneração no Ministério da Justiça.
Após a saída de Nelson Teich, do comando do MS, chegou a vez do médico e biofísico Antonio Carlos Campos de Carvalho. Ele era secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde.
Conforme as informações, Carvalho assumiu o cargo em 4 de maio, ainda na equipe do ex-ministro Nelson Teich. Se repete a mesma história que levou à demissão do antecessor de Teich, Luiz Henrique Mandetta.
O ‘pano de fundo’ das exonerações está sendo a divergência no uso da cloroquina no combate à covid-19. A secretaria coordena a incorporação, alteração ou exclusão de medicamentos, tecnologias e inovações ao Sistema Único de Saúde (SUS). Além das políticas de fomento e pesquisa, incluindo estudos sobre a aplicação da cloroquina no tratamento do novo coronavírus.
Assim, a saída de Carvalho vem dois dias depois da alteração no protocolo de uso do medicamento. Na quarta (20) o Ministério da Saúde liberou a cloroquina e a hidroxicloroquina no SUS para todos os pacientes de covid-19, desde os primeiros sinais da infecção. Entretanto, até então, a orientação era prescrever o medicamento apenas para casos graves. “Os direita tomam cloroquina, os da esquerda, tubaína”, decretou o presidente Jair no dia da liberação da substância”.
Conforme o presidente, a prescrição fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente”, diz um trecho do documento.
EXONERAÇÕES NA SEGURANÇA
Novas exonerações marcam o governo de Jair Bolsonaro nesta sexta (22) também na área de segurança pública. A ‘baixa’ atinge o Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a troca dos titulares da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
De acordo com a Casa Civil, a PRF, terá como diretor-geral Eduardo Aggio de Sá. Já no Depen, uma mulher estará no comando. Trata-se de Tania Maria Matos Ferreira Fogaça. Além desses, também sai Jorge Barbosa Pontes. Ele respondia pelo setor de Ensino e Pesquisa da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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