22/08/2023
Brasil Política

Governo perde o primeiro round

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Da Redação, com Agência Brasil

Brasília – Faltando 34 votos para completar a votação na Câmara Federal, 342 deputados avalizam a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma. Tão logo foi atingido o número necessário recomeçou o foguetório em pontos isolados de Guarapuava. O processo agora segue para o Senado. É lá que o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), acredita reverter o resultado deste domingo (17).

“Perdemos porque os golpistas foram mais fortes. Reconhecemos a derrota, mas de cabeça erguida. Estamos firmes, e este país vai se levantar contra esses golpistas que não têm voto, e muito menos condições de governar o país”, disse o líder do governo.

Guimarães adiantou que a estratégia dos governistas será, em um primeiro momento, concentrar esforços no Senado e, com a ajuda do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, acionar também o Judiciário. 

“Os golpistas venceram aqui na Câmara, mas a luta continua nas ruas e no Senado, que pode corrigir essa ação dos golpistas que foram capitaneados por aqueles que não têm autoridade moral para falar em ética", afirmou Guimarães. Para o deputado, reconhecer essa derrota provisória não significa dizer que a luta terminou. "A guerra não terminou. Vamos agora discutir o mérito no Senado Federal."

Segundo ele,  as expectativas são de que o país se levante e continue a lutar. "Não somos de recuar, ou nos abater por esta derrota momentânea. As ruas estão conosco e temos condições de virar o jogo no Senado. O mundo inteiro começa a se mobilizar. Não é possível aprovar impedimento de uma presidenta que não cometeu nenhuma ilegalidade. É um desrespeito a 54 milhões de pessoas que votaram na presidenta. A luta está apenas começando. A guerra será lenta, gradual, segura e prolongada, até porque o vice-presidente [Michel] Temer não reúne a menor condição de comandar o país”.

Cristina Esteche

Jornalista

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